A trégua entre o presidente dos EUA, Donald Trump e o chefe do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell durou menos do que era esperado. Nesta quarta-feira (4), Trump voltou a criticar o presidente da Fed nas redes sociais, alegando que o banco central americano deveria reduzir as taxas de juros, além de estar atrasado em relação a outras economias, como a Europa.
“Powell está atrasado e deve cortar os juros agora. Ele é inacreditável! A Europa já diminuiu nove vezes”, disse.
Trump se pronunciou pouco após a divulgação do Relatório de Emprego da Automatic Data Processing (ADP), que apresentou dados abaixo das expectativas do mercado.
Em resposta, os dirigentes do Fed alegam que não há pressa para cortar as taxas de juros americanas, e que a política monetária está bem posicionada para aguardar por maior clareza nos dados de emprego e inflação, diante das incertezas no cenário econômico.
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Em sua última reunião, no início de maio, o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed anunciou uma manutenção nos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa terceira reunião consecutiva na qual a autoridade monetária norte-americana manteve inalterada a taxa de juros.
Antes das três últimas reuniões, o Federal Reserve havia iniciado um ciclo de três cortes consecutivos na taxa de juros, iniciado em setembro do ano passado, o primeiro movimento de redução em cinco anos.
A taxa básica de juros é a principal ferramenta dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando os juros permanecem elevados, a intenção é esfriar a demanda, já que o crédito fica mais caro e a poupança se torna mais atrativa. Com isso, a atividade econômica tende a desacelerar, o que ajuda a conter a pressão sobre os preços.
“Powell não discutiu suas expectativas para a política monetária, exceto para enfatizar que a trajetória da política monetária dependerá inteiramente das informações econômicas recebidas e o que isso significa para as perspectivas”, alegou Fed após encontro na Casa Branca.
