O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que está considerando isenções em suas tarifas sobre veículos e autopeças importados, com o objetivo de dar mais tempo às montadoras para estabelecer produção no país.
“Estou analisando algo para ajudar as montadoras. Elas estão trocando peças por outras feitas no Canadá, México e em outros países, e precisam de um pouco mais de tempo, porque vão passar a fabricar aqui”, disse Trump a repórteres nesta segunda-feira (14), no Salão Oval, de acordo com o InfoMoney.
As declarações podem oferecer algum alívio aos fabricantes afetados pelas tarifas sobre carros e caminhonetes. Além disso, aumentam a incerteza sobre a política comercial do governo. As ações da General Motors, Ford e da Stellantis — controladora da Chrysler — avançaram após as declarações, revertendo as perdas registradas anteriormente.
As tarifas sobre importações de veículos ameaçam elevar os preços para os consumidores norte-americanos e causar grandes transtornos nas cadeias de suprimentos automotivas, que são profundamente integradas entre EUA, México e Canadá. Trump argumenta que as tarifas são necessárias para revitalizar a indústria manufatureira do país.
Além disso, o governo impôs uma tarifa de 25% sobre veículos completos, com tarifas sobre peças programadas para entrar em vigor até 3 de maio. As medidas já preveem exceções para veículos com conteúdo suficiente para atender aos requisitos do acordo comercial da América do Norte.
EUA pode ser um Brasil 2.0 com Trump, segundo Wall Street Journal
No século passado, desde 1945, quando chegou ao fim a Segunda Guerra Mundial, o Brasil aderiu a um sistema de protecionismo que pode ser um exemplo ao sistema econômico fechado que o presidente norte-americano, Donald Trump, busca colocar em prática ao tarifar importações aos EUA, afirmou o jornal econômico The Wall Street Journal, no sábado (12).
No Brasil há uma lista de produtos que são mais caros do que no mercado norte-americano, a exemplo do iPhone 16, que custa US$ 799 nos EUA, até itens de alimentação, como garrafa de champanhe Veuve Clicquot, que são vendidos lá fora por US$ 110.
O jornal afirmou que as tarifas de importação, controles cambiais e barreiras comerciais são as razões para os altos preços praticados no Brasil.