Exceto China

Trump diz não descartar extensão de interrupção de tarifas

Durante a reunião, Trump se referiu à quarta-feira (9) como “o maior dia da história”, mas ponderou que “há problemas de transição”

Donald Trump
Donald Trump / Foto: Fotos Públicas

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (10) que “não descarta” a possibilidade de estender o prazo de suspensão de tarifas, atualmente em 90 dias, segundo a emissora norte-americana CNBC.

A declaração foi feita na saída da reunião do gabinete presidencial, na qual o presidente fez ponderações sobre a interrupção da aplicação das taxas.

Durante a reunião, Trump se referiu à quarta-feira (9) como “o maior dia da história”, mas ponderou que “há problemas de transição” que podem ocorrer durante esse período de adaptação, que também abre espaço para negociação.

“Se não conseguirmos um acordo, então voltamos para onde estávamos”, afirmou. “Estamos tentando fazer com que o mundo nos trate de forma justa”, disse, de acordo com o Valor.

Além disso, Trump aproveitou a ocasião para elogiar seu gabinete, responsável pela elaboração dos planos de acordos comerciais e das negociações com a China. Ele também mencionou que pode usar os recursos arrecadados com as tarifas “para reduzir a dívida” dos EUA.

Inflação e juros colocam em xeque continuidade das tarifas de Trump

A “era dourada da américa”, slogan de campanha do presidente norte-americano Donald Trump, não está sendo bem-vista pelo mercado. As políticas tarifárias dos EUA vêm sofrendo revelias e desestabilizando as bolsas. A previsão, segundo especialistas ouvidos pelo BP Money, é de flexibilização no curto prazo.

A decisão de Trump em suspender as tarifas recíprocas por 90 dias aos países, com exceção da china, deixou o Fed, banco central norte-americano, em um dilema: cortar a taxa de juros para ajudar a evitar uma desaceleração econômica ou mantê-las altas para prevenir novas altas da inflação.

Marisa Rossignoli, Conselheira do CORECON SP, aposta na manutenção da taxa de juros pela autarquia estadunidense. Ela aponta que assim que as tarifas impactarem o padrão de consumo da população, aliado a uma queda de popularidade e pressão popular levarão a uma flexibilização das medidas.