Disputa comercial

Trump diz  que é “extremamente difícil” negociar com Xi Jinping

Trump afirmou que estabelecer um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, tem sido uma tarefa particularmente complicada

Foto: Reprodução
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O presidente dos EUA, Donald Trump, usou sua plataforma, o Truth Social, nesta quarta-feira (4), para comentar sobre as negociações comerciais com a China

Trump afirmou que estabelecer um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, tem sido uma tarefa particularmente complicada, poucos dias depois de os EUA acusarem o governo chinês de descumprir um pacto relacionado a tarifas.

Apesar da admiração pessoal que expressou, Trump deixou claro os desafios envolvidos nas tratativas com Pequim. “Gosto do Presidente XI da China, sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente dificl de fazer um acordo”, escreveu o republicano.

Trump endurece postura em meio a novo impasse comercial com a China

As tensões comerciais entre EUA e China voltaram a escalar após acusações mútuas de descumprimento do acordo firmado em 12 de maio, durante negociações realizadas na Suíça. O compromisso previa um congelamento temporário de tarifas — com duração de 90 dias — e a reversão significativa das medidas retaliatórias impostas por Pequim desde abril.

No entanto, o ambiente diplomático se deteriorou após Washington afirmar que a China não tomou ações concretas para aliviar as restrições à exportação de terras raras, como havia sido esperado. Por outro lado, o governo chinês reagiu criticando os Estados Unidos por ampliarem as barreiras ao acesso chinês a tecnologias sensíveis.

Como parte desse endurecimento, a administração Trump adotou novas medidas na semana passada, incluindo a revogação de vistos concedidos a estudantes chineses, aprofundando ainda mais o impasse entre as duas potências.

Relembre enredo dessa guerra comercial 

A disputa comercial entre EUA e China ganhou um novo capítulo em março de 2025, com uma escalada nas medidas tarifárias adotadas por ambos os lados.

No segundo mandato de Trump, o governo dos EUA voltou a aplicar tarifas extras sobre vários produtos chineses. Essa decisão aumentou as tensões entre as duas maiores economias do mundo: EUA e China.

Em resposta, a China agiu rapidamente. Em 4 de março, Pequim anunciou tarifas entre 10% e 15% sobre produtos agrícolas dos EUA, como soja, milho, carne suína e bovina.

Além disso, a China suspendeu as licenças de importação de soja para três empresas americanas, pressionando ainda mais o setor agrícola dos Estados Unidos.

As medidas retaliatórias da China não pararam aí. Pequim também adicionou 15 empresas americanas à sua lista de “entidades não confiáveis”. Além disso, proibiu a entrada de produtos como madeira e outros bens estratégicos dos EUA.

Em abril, a disputa comercial se intensificou. No dia 11, a China aplicou uma tarifa de 84% sobre todos os produtos americanos. Apenas um dia depois, essa tarifa foi aumentada para 125%. Em resposta, o governo Trump elevou suas tarifas sobre os produtos chineses para 145%.

Essa nova rodada de tarifas marca uma escalada importante na guerra comercial entre EUA e China. O impacto vai muito além dos dois países, afetando cadeias globais de suprimentos, mercados financeiros e vários acordos comerciais.