Estados Unidos

Trump diz que não demitirá Powell, mas fala em ‘forçar algo’ sobre juros

"Não é preciso mantê-los [os juros] altos. Se for para aumentar, não me importo que aumentem… talvez eu tenha que forçar algo", disse Trump

EUA/ Foto: Freepik
EUA/ Foto: Freepik

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (12) que não pretende demitir Jerome Powell, atual chair do Fed (Federal Reserve), mas sugeriu que pode “forçar alguma coisa” caso os juros não sejam reduzidos.

“Não é preciso mantê-los [os juros] altos. Se for para aumentar, não me importo que aumentem… talvez eu tenha que forçar algo”, disse Trump durante evento na Casa Branca, segundo o InfoMoney.

Na semana passada, Trump já havia indicado que tomaria “muito em breve” uma decisão sobre quem ocupará a presidência do Fed caso seja eleito novamente.

Em sua fala, o presidente voltou a criticar Powell pela postura considerada rígida frente à política monetária e pela resistência em cortar os juros. Trump chegou a chamá-lo de “idiota”, mas emendou: “Não vou demiti-lo”.

O presidente também manifestou insatisfação com a alta recente nos preços do petróleo.

EUA têm nota de crédito rebaixada pela Moody’s

Em meio a uma trajetória fiscal cada vez mais preocupante, os EUA tiveram sua nota de crédito rebaixada pela Moody’s. A agência global de classificação de risco retirou o país do topo da escala, rebaixando a avaliação de “Aaa” para “Aa1”.

A decisão reflete não apenas o crescimento persistente do déficit público, mas também a ausência de sinais concretos de reversão desse cenário.

Boa parte dessa deterioração fiscal é atribuída à elevação expressiva dos gastos governamentais, com destaque para a área de defesa. Novos projetos militares — como o desenvolvimento dos caças F-47 e F-55, além da atualização do F-22 — estão entre os principais motores dessa expansão orçamentária, segundo o Money Times.

Ao mesmo tempo, medidas pontuais de desoneração, como a isenção de Imposto de Renda sobre gorjetas no setor de serviços, não têm sido suficientes para conter o avanço das despesas. Apesar de cortes anunciados em programas como o Medicare, essas reduções representam apenas ajustes simbólicos frente ao volume de gastos projetado.