União Europeia

UE e Emirados Árabes Unidos vão negociar acordo de livre comércio

As tratativas devem se concentrar em temas como comércio de bens e serviços, investimentos e o aprofundamento de parcerias

Zona do euro
Foto: Unsplash / União Europeia

A UE (União Europeia) e os Emirados Árabes Unidos concordaram em iniciar negociações para um acordo de livre comércio. A iniciativa representa um possível primeiro passo rumo a uma aproximação do bloco europeu com o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), formado pelos Emirados e outras cinco nações do Golfo Pérsico.

As tratativas devem se concentrar em temas como comércio de bens e serviços, investimentos e o aprofundamento de parcerias em áreas estratégicas, como energia renovável, hidrogênio verde e matérias-primas críticas — insumos de importância econômica, mas com alto risco associado.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, demonstrou otimismo, afirmando acreditar que ambos os lados avançarão “de maneira rápida e ambiciosa” nas negociações.

O comissário europeu de Comércio, Maroš Šefčovič, deve retornar em breve aos Emirados para dar continuidade às tratativas. Segundo o Valor, a UE é o segundo maior parceiro comercial dos Emirados Árabes Unidos, respondendo por 8,3% do comércio total não petrolífero do país.

Mercosul e UE anunciam acordo histórico de livre comércio

Após 25 anos de negociação, os líderes do Mercosul e da União Europeia (UE) anunciararam nesta sexta-feira (6) um acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos. A cerimônia ocorreu em Montevidéu, Uruguai, durante a cúpula do Mercosul.

Estiveram presentes na ocasião os presidentes dos países sul-americanos, como Javier Milei (Argentina)Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil)Santiago Peña (Paraguai), além do anfitrião Luis Lacalle Pou (Uruguai), e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

Desde 1999, Mercosul e União Europeia trabalham no desenvolvimento de um acordo de livre comércio entre os blocos.

Concretização das negociações do Bloco

Na quinta-feira (5), o chanceler do Uruguai, Omar Paganini, confirmou que as negociações entre as delegações foram finalizadas. Especialistas consideram o acordo um saldo positivo para o Brasil, podendo trazer benefícios para a economia do país.

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a assinatura do acordo pode resultar em um crescimento de 0,46% na economia brasileira entre 2024 e 2040, além de impulsionar os investimentos em 1,49%.