Ministro da Fazenda

'Investidor não vai mais pagar pelo investimento', diz Haddad

“O imposto será desonerado de quaisquer tributos, e isso vai favorecer muito a nossa indústria”, disse Haddad

Fernando Haddad, ministro da Fazenda / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Fernando Haddad, ministro da Fazenda / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (17) que “o investidor não vai mais pagar pelo investimento”. A declaração à CNN foi dada enquanto ele explicava o atual cenário de taxação no Brasil.

“O imposto será desonerado de quaisquer tributos, e isso vai favorecer muito a nossa indústria”, disse Haddad. Ele completou mencionando que, em 2024, foi registrado o recorde de importação de produtos manufaturados, totalizando US$ 186 bilhões.

“Vamos começar a partir de 2027, porque agora, em 2025, começam os preparativos para a implementação da reforma tributária. Em 2027, o Brasil vai figurar entre os melhores sistemas tributários do mundo, sendo um dos mais justos e eficazes, inclusive para combater a sonegação e alinhar a alíquota média ao padrão internacional”, declarou o ministro.

Haddad também destacou que o “Imposto de Renda no Brasil não é tão progressivo quanto deveria ser”. Contudo, acrescentou que a gestão atual conseguiu ampliar a isenção para pessoas que recebem até dois salários mínimos.

O ministro aproveitou a oportunidade para criticar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusando-o de prometer implementar essas isenções — que agora estão sendo realizadas durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, mas não cumprir.

Investidor: maioria aponta linguagem difícil do mercado

Uma pesquisa da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) mostrou que 58% dos investidores brasileiros acreditam que o mercado usa uma linguagem difícil para os que estão começando a investir. O estudo, realizado em 2023, entrevistou 714 investidores pessoas físicas, em sua maioria com renda familiar superior a R$ 15 mil.

Outro dado mostrado é de que 87% dos entrevistados dizem que vão seguir investindo; 75% acham que o mercado tem produtos que se encaixam em seu perfil; e 66% investem em corretoras e bancos ao mesmo tempo, enquanto 23% investem somente em corretoras e 10% apenas em bancos.

Na escolha por uma corretora ou banco, 60% consideram a qualidade dos serviços; 52% avaliam os custos e incentivos; 49% observam se trata-se de uma instituição tradicional; 14% mencionam a aparência ou qualidade do site; 11% levam em conta a recomendação de pessoas próximas; e 8% olham comentários na internet.