São Paulo apresentou uma inflação de 0,34% na terceira quadrissemana de janeiro de 2024, conforme indicado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Este resultado representa um leve aumento em comparação com a medição anterior, que registrou um avanço de 0,33%.
Entre as sete categorias de despesas que compõem o índice, os Transportes diminuíram a taxa de queda (-1,67% para -1,17%), enquanto Vestuário e Educação ganharam impulso, passando de 0,20% para 0,27% e de 1,64% para 2,78%, respectivamente.
Por outro lado, Alimentação teve uma elevação menos acentuada (1,64% para 1,51%), assim como Saúde (0,84% para 0,48%). Despesas Pessoais apresentaram uma inversão de direção (0,14% para -0,25%), enquanto Habitação manteve-se em alta, registrando 0,13%.
El Niño deve derrubar PIB do Agronegócio em 2024
A crise climática será um dos desafios da economia este ano. O cenário em 2024 será de inflação dos alimentos pelo impacto do El Niño, apesar do acumulado dos preços desses produtos ter caído, em 2023.
De acordo com a Folha de S. Paulo, economistas acreditam que a inflação dos alimentos não deve ser tão intensa quanto foi em 2020, 2021 e 2022. Porém os consumidores, sobretudo os de baixa renda, vão sentir seu orçamento pesar.
André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasieiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), afirmou que o fenômeno tem provocado alterações no clima, e isso é ruim para a agricultura.
“O receio é que o fenômeno possa afetar as safras, atrasando o plantio ou a colheita. O ano que vem [2024] não vai refletir o cenário de 2023, e isso vai pesar mais para as famílias de baixa renda. Os alimentos voltam para a cena”, disse.
O resultado oficial da cotação dos alimentos de domicílio será divulgado em 11 de janeiro, contudo, até novembro de 2023 o IPCA informava queda de 1,14%.