Na primeira semana de março, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) registrou uma leve aceleração, subindo para 0,56% em comparação com a leitura anterior de 0,55% no final de fevereiro.
De acordo com o relatório do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), essa alta foi observada principalmente em Salvador (0,60% para 0,62%) e Porto Alegre (0,21% para 0,34%), enquanto outras capitais apresentaram recuo nos preços, como Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
A próxima divulgação do IPC-S, cobrindo os 30 dias até a segunda semana de março, está programada para o dia 18, com detalhes regionais sendo publicados no dia seguinte.
Rendimentos do trabalho tem alta recorde de 11,7%
Mais um dado econômico positivo registrado. A massa de rendimentos do trabalho dos brasileiros cresceu 11,7%, acima da inflação. O resultado é o maior desde o Plano Real, na época o poder de compra era muito forte pela queda abrupta da inflação, conforme apuração da Folha de S.Paulo.
O resultado dos rendimentos do trabalho foi quase o dobro do cômputo de 2022, com 6,6%. Além disso, se tornou o melhor número desde 1995, com 12,9%, é o que apontam os cálculos de Marcos Hecksher, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Em paralelo, não apenas o Ipea realizou esse levantamento, como também o FGV Social (Fundação Getúlio Vargas). Marcelo Neri, diretor da segundo instituição citada, mostra, através de seus dados, que a renda real domiciliar per capita teve pico de 12,5% em 2023.
Percalços futuros do rendimento do trabalho
Na ocasião anterior ao Plano Real, precisamente no 1 ano antes, a inflação no Brasil alcançou a casa dos 4,922%, tendo fechado o período em 916%. No ano seguinte, 1995, o tombo atingiu 22%, dessa forma a população pôde comprar mais.
Neste cenário (2024), a inflação auxilia, mas apenas de forma marginal, visto que o índice caiu de 5,79%, em 2022, para 4,62%, em 2023.
Contudo, no decorrer do segundo período semestral de 2022, o gasto público explodiu no País. Sendo assim, foram gerados efeitos multiplicadores na economia, de acordo com o site.
Entre os especialistas e o mercado, os receios são que o rendimento maior, ao fim de 2023, deve continuar em linha positiva e crescente. Isto porque, boa parte do resultado dependeu do dinheiro estatal, do déficit maior e do aumento da dívida pública.
No começo, os incentivos e benefícios foram descontinuados pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), que também cortou os impostos numa tentativa de campanha à reeleição, na segunda parte de 2022. Na mudança governamental, no ano passado, a PEC da Transição estipulou R$ 145 bilhões para gastos providos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).