Alta de 4,43% em 12 meses

IPC-S tem variação positiva de 0,46% na primeira quadrissemana de abril

Grupo Alimentação teve um pequeno aumento, com sua variação passando de 1,19% para 1,23%

Foto: pexels
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O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) referente à primeira quadrissemana de abril de 2025 registrou uma alta de 0,46%, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). ,

O resultado levou o índice a acumular uma variação de 4,43% nos últimos 12 meses. Em comparação com o fechamento de março, quando o IPC-S teve um aumento de 0,44%, o índice apresentou um pequeno avanço, reforçando a tendência de elevação nos preços.

No entanto, ao longo do primeiro trimestre de 2025, o índice registrou um crescimento mais expressivo de 1,65%, o que demonstra uma aceleração dos preços nos primeiros três meses do ano.

Ao analisar os componentes que compõem o IPC-S, observa-se que três das oito classes de despesas apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.

O grupo que exerceu a maior contribuição para o aumento do índice foi o de Educação, Leitura e Recreação, que teve sua taxa de variação alterada de -1,21% na quarta quadrissemana de março para -0,79% na primeira quadrissemana de abril.

O aumento no grupo pode ser associado a fatores como o retorno das aulas e a elevação de preços de materiais escolares, além de outros gastos com recreação e cultura.

Variações nos grupos de despesas: um panorama da inflação

Além disso, outros dois grupos também registraram aceleração nas suas taxas de variação. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais viu sua taxa passar de 0,56% para 0,67%, enquanto o grupo Alimentação teve um pequeno aumento, com sua variação passando de 1,19% para 1,23%.

Esses reajustes podem ser atribuídos a aumentos nos custos de medicamentos, serviços de saúde e nos preços de alimentos, que tendem a ser influenciados por variações sazonais e mudanças nos custos de produção e distribuição.

Por outro lado, os grupos Habitação, Transportes, Despesas Diversas, Vestuário e Comunicação apresentaram diminuições em suas taxas de variação. O grupo Habitação, por exemplo, passou de 0,52% para 0,43%, enquanto Transportes registrou uma desaceleração, passando de 0,41% para 0,32%.

As Despesas Diversas também apresentaram queda, com sua taxa caindo de 0,32% para 0,22%, enquanto o grupo Vestuário passou de uma ligeira variação negativa de -0,01% para -0,12%.

O grupo Comunicação apresentou uma pequena diminuição, com a variação de 0,32% para 0,30%. Esses recuos nos grupos mencionados podem estar relacionados a uma diminuição nos custos de transporte, tarifas de serviços públicos e a estabilização de preços de vestuário e comunicação, refletindo uma desaceleração no ritmo de aumentos de preços desses itens.

Esse cenário de variações misturadas entre as diferentes classes de despesas reflete uma complexa dinâmica inflacionária, onde os aumentos de preços continuam presentes, mas com algumas áreas apresentando um certo alívio, ao passo que outras continuam a pressionar o bolso do consumidor.

A expectativa é que, nos próximos meses, o comportamento do IPC-S continue a ser influenciado por fatores sazonais, mudanças nos custos de produção e outras pressões internas e externas, o que pode resultar em novos ajustes nas taxas de variação de diversos setores.