O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação brasileira, acelerou para 0,62% em novembro, após registrar taxa de 0,54% em outubro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (26).
Com isso, o IPCA-15 acumula, no ano, alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, de 4,77%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados de novembro vieram bem acima do consenso LSEG de analistas, que previa inflação mensal acelerando para 0,48% e taxa anualizada de 4,62%.
IPCA-15 de novembro foi puxado por alimentos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Alimentação e bebidas (1,34% e 0,29 p.p.), grupo de maior peso no índice, que registrou aumento de preços pelo terceiro mês consecutivo.
Neste grupo, o destaque ficou por conta da alimentação no domicílio, que acelerou de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% para 0,57%, no mesmo período, em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,70% em outubro para 0,38% em novembro). Por sua vez, a variação do lanche aumentou de 0,76% para 0,78%.
Em Despesas Pessoais (0,83% e 0,08 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (4,97%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro.
No grupo Habitação (0,22% e 0,03 p.p.), a energia elétrica residencial desacelerou de 5,29% em outubro para 0,13% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
No grupo dos Transportes (0,82%), o subitem passagem aérea subiu 22,56% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). O subitem ônibus urbano aumentou 1,34%.
Em combustíveis (0,03%), houve aumentos nos preços do gás veicular (1,06%) e da gasolina (0,07%), enquanto o etanol (-033%) e o óleo diesel (-0,17%) reduziram os preços.