O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, registrou resultado de 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual (pp) acima da taxa de setembro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação para o mês é a maior desde 1995, quando ficou em 1,34%, e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016, quando teve resultado de 1,42%.
O índice acumula no ano alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, número acima dos 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No mesmo período em 2020, a taxa foi de 0,94%.
Entre o grupos que compõem o IPCA-15, Habitação (1,87%) foi destaque, com maior impacto individual de 0,19 pp no mês de outubro da energia elétrica (3,91%), em decorrência da vigência da bandeira tarifária Escassez Hídrica, com acréscimo de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
Confira o desempenho de alguns dos grupos que compõem o índice:
Alimentação e Bebidas (1,38%) – influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que passou de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro
Habitação (1,87%) – com impacto da energia elétrica (3,91%)
Transportes (2,06%) – com destaque para as passagens aéreas, que tiveram alta de 34,35%. Além disso, houve no grupo variação positiva em automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e nas motocicletas (1,27%).
Conforme o IBGE, todas as áreas pesquisadas tiveram avanço em outro. O menor resultado ocorreu em Belém (PA), com 0,51%, devido à queda nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens de higiene pessoal (-0,64%). Já a maior variação foi vista em Curitiba (PR), com 1,58%, pelas altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%).