IPCA-15: prévia da inflação de novembro fica em 1,17%

O resultado foi maior já registrado desde os anos 2000.

A prévia da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou alta de 1,17% em novembro. Essa foi a maior variação para o mês desde 2002, quando o índice foi de 2,08%. No acumulado do ano, o indicador avançou 9,57%, e em 12 meses, 10,73%, maior que os 10,34% dos 12 meses anteriores.

Com o maior impacto individual no índice, a 0,40 ponto percentual, a gasolina apresentou elevação de 6,62% e afetou o resultado dos dados de transportes, que apresentaram a maior variação, de 2,89%, e teve o um impacto de 0,61 ponto percentual entre os grupos que fizeram parte do cálculo. No ano, o combustível acumula aumento de 44,83%, em 12 meses a variação é de 48,00%.

Outro destaque foram os transportes por aplicativo, que apresentaram crescimento de 16,23%, em contrapartida, houve uma redução de 6,34% nos preços das passagens aéreas, que registraram altas consecutivas, em outubro a elevação foi de 34,35%.

Além dos transportes, os oito grupos de produtos e serviços tiveram avanços em novembro. Em habitação a elevação foi de 1,06%, mas a maior contribuição foi do gás de botijão, a 4,34%, cujos preços aumentaram por 18 meses consecutivos.

A energia elétrica, por sua vez, teve uma alta de 0,93%, menor que a variação de 3,91% de outubro. Esse incremento se dá, também, pela adição de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, devido à bandeira tarifária Escassez Hídrica.

Já em relação a saúde e cuidados pessoais, o aumento foi de 0,80%, influenciado por itens de higiene pessoal (1,65%) e produtos farmacêuticos (1,13%). A alimentação e bebidas desaceleraram, avançando 0,40%, em relação ao mês anterior, por conta das altas menos intensas nos preços do tomate.

Na alimentação fora do domicílio, o crescimento foi de 0,15%, com destaque para o recuo de 1,08% no preço dos lanches.

O IPCA-15 abrange famílias de 1 a 40 salários-mínimos, o índice mede a variação de preços entre os dias 15 de cada mês e por esse motivo serve como uma prévia do IPCA, usado nas metas de inflação do governo.

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