Destaque para energia elétrica

IPCA-15 recua para 0,13% em setembro, abaixo do esperado

Índice acumula, no ano, alta de 3,15%; no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, ante 4,35% nos 12 meses imediatamente anteriores

IPCA-15
Foto: Pixabay

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação brasileira, desacelerou para 0,13% em setembro, após registrar taxa de 0,19% em agosto, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (25).

Com isso, o IPCA-15 acumula, no ano, alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,35%.

Os dados de setembro vieram abaixo do consenso LSEG de analistas, que previam inflação mensal acelerando para 0,30% e taxa anualizada de 4,30%.

Energia elétrica residencial puxou o IPCA-15 para cima

A maior variação e o maior impacto vieram do grupo Habitação, puxado pela energia elétrica residencial (de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro). Em 1º de setembro, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1.

Já Alimentação e Bebidas, grupo de maior peso no índice, registrou aumento de 0,05%, após dois meses de queda nos preços. A alimentação no domicílio teve variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior.

Contribuíram a queda o recuo nos preços da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%). No lado das altas, destacam-se o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%).

Também teve alta nos preços a alimentação fora do domicílio (0,22%), com desaceleração em relação ao mês de agosto (0,49%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e da refeição (0,37% em agosto para 0,22% em setembro).

Os outros três grupos que registraram altas no IPCA-15 de setembro foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,32%), Artigos de residência (0,17%), Vestuário (0,12%), Educação (0,05%) e Comunicação (0,07%).

Apenas Despesas Pessoais (-0,04%) e Transportes (-0,08%) apresentaram queda. Neste último, com impacto de -0,02 p.p., o resultado foi influenciado pela gasolina (-0,66% e -0,03 p.p.).

Em relação aos demais combustíveis (-0,64%), o etanol (-1,22%) também recuou, enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%) apresentaram altas. As passagens aéreas registraram aumento nos preços (4,51% e 0,03 p.p).