Abaixo do esperado

IPCA de agosto recua 0,02%, primeira deflação em 14 meses

Resultado foi influenciado pela redução nos preços da conta de luz (-2,77%) e pela alimentação no domicílio (-0,73%)

Conta de luz
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) relativo ao mês de agosto registrou deflação de -0,02%, após alta de 0,38% em julho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

Os resultados vieram abaixo das expectativas, visto que os analistas consultados pela Reuters esperavam um IPCA quase estável em +0,01% e, na comparação anual, 4,29%.

Contas de luz e Alimentos puxaram IPCA de agosto para baixo

Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela queda em Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e Alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%). 

O gerente da pesquisa, André Almeida, destaca a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo Habitação.

“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontuou Almeida.

No grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).

“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, destacou o gerente da pesquisa.

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