Inflação

IPCA de dezembro deve ter alta de 0,54% e fechar 2024 em 4,9%, diz Monte Bravo

"Para 2025, projetamos um aumento de 6,2% no IPCA, reflexo dos impactos da depreciação cambial", disse relatório da Monte Bravo

Tesouro direto: prefixados e IPCA+ avançam nesta quinta-feira
Foto: Pixabay

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve registrar alta de 0,54% em dezembro, impulsionado especialmente pelo aumento nos preços dos alimentos, com o fim dos descontos associados à Black Friday. A projeção foi divulgada nesta quinta-feira (9) pela corretora Monte Bravo.

O IPCA de dezembro está previsto para ser divulgado na sexta-feira (10). O índice referente a novembro de 2024 apresentou uma alta acumulada de 4,87% nos 12 meses até novembro do ano passado.

No fechamento de 2024, a Monte Bravo projeta que o indicador fique em 4,9%, superando o teto da meta de 4,5% estabelecida para o ano.

“Os núcleos de inflação devem permanecer em um patamar desconfortável, com alta de 0,5% na margem e uma variação acumulada em 12 meses atingindo 4,3% em dezembro”, destacou a corretora em relatório.

IPCA: núcleo de serviços deve se manter pressionado

No segmento de serviços, o núcleo deve seguir pressionado, refletindo o avanço nos preços de alimentação fora do domicílio, seguro automóvel e recreação, permanecendo estável em 5,7% na comparação anual em dezembro. “Espera-se que o núcleo de serviços atinja 6,0% ao longo do primeiro semestre de 2025, aumentando o desafio do Banco Central em convergir a inflação para a meta”, acrescentou o relatório.

Com isso, a inflação cheia deve continuar elevada em dezembro, reforçando um cenário desfavorável, com o crescimento de medidas qualitativas de inflação na margem. Esse resultado deve sustentar o diagnóstico do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), de manter o ritmo de aperto monetário em 100 pbs (pontos-base) nas reuniões de janeiro e março.

“Projetamos ainda duas altas adicionais de 50 pontos-base nas reuniões de maio e junho, levando a taxa Selic para 15,25% ao ano ao final do ciclo de aperto”, afirmou a Monte Bravo.

“Para 2025, projetamos um aumento de 6,2% no IPCA, reflexo dos impactos da depreciação cambial, do crescimento econômico acima do potencial e das expectativas de inflação desancoradas”, concluiu o relatório.

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