Inflação de 12 meses fica em 3,93%

IPCA de maio acelera e sobe 0,46% com alta forte dos alimentos

O IBGE destacou que as maiores enchentes da história no RS já estão começando a impactar a economia brasileira

Foto: unsplash
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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a medida oficial da inflação no Brasil, registrou um aumento de 0,46% em maio, conforme os dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice acumulado em 12 meses voltou a acelerar. Após sete meses de desaceleração, o IPCA anual registrou um aumento de 3,93% entre junho de 2023 e maio de 2024, marcando a primeira alta anual desde setembro. No período de 12 meses encerrado em abril, a variação foi de 3,69%.

A elevação dos preços foi impulsionada principalmente pelo setor de Alimentação e Bebidas, que cresceu 0,62% em relação a abril.

Dentro deste grupo, os tubérculos, raízes e legumes, especialmente a batata, tiveram um destaque significativo, com um aumento de 20,61% em apenas um mês.

O IBGE destacou que as maiores enchentes da história no Rio Grande do Sul, ocorridas no mês passado, já estão começando a impactar a economia brasileira, contribuindo para o aumento da inflação.

Inflação dentro da meta anual

Levando em consideração os preços do mês passado, houve uma alta de 0,38%, revelando uma continuidade da aceleração na inflação da economia brasileira. 

O resultado superou as expectativas do mercado, que previa um aumento de 0,42% no mês e um avanço de 3,88% no acumulado dos últimos 12 meses.

Mesmo com esse aumento, o IPCA permanece dentro da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

A meta de 3% para 2024 tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo variações entre 1,5% e 4,5%.

Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, “em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”.