O índice inflacionário medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o IPCA, cresceu 0,83% no mês de fevereiro. Nesse período, a gasolina, a educação e a telefonia foram os aspectos de maior pressão para a alta.
O IPCA é utilizado pelo governo como meta oficial da inflação e veio acima do esperado pelo mercado. Nesse cenário, o combustível se mostrou o principal influenciador, pois o preço médio subiu 2,93%, equivalente a 0,14 ponto percentual (p.p.) do total da taxa.
Sendo assim, apenas a gasolina representou 16,8% do IPCA de fevereiro, de acordo com o Valor Econômico. Uma das mudanças no cenário político-econômico que refletiram nesses níveis foi o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), desde o dia 1º do mês.
Setores da Educação mexem com o IPCA
Além da gasolina, os grupos da educação (ensino fundamental, ensino médio e ensino superior) também impactaram o índice. O primeiro deles cresceu 8,24%, sua influência teve expressão próxima a da gasolina.
Enquanto o ensino médio subiu 8,51%, representando a quinta maior influência sobre a inflação. Logo em seguida, o ensino superior avançou 3,81%.
Por ser o mês de volta às aulas, em fevereiro já existe uma tradição de aumento do IPCA, segundo o Valor. Outro ponto que entra nos cálculos é o reajuste das mensalidades escolares.
Preços da internet aumentam
Na ponta do lápis, a internet e a TV por assinatura, que compõem o combo de telefonia, foram o quarto itens de maior impacto sobre o IPCA. O crescimento dessas vertentes foi de 3,29%, tendo influenciado o índice em 0,05 p.p.
Para rankear quais itens mais interferem no IPCA é feito o cálculo combinando alguns aspectos. O peso daquele itens na cesta de produtos do índice, junto com a variação por si só. A gasolina tem o maior peso entre os 377 itens sob acompanhamento do IBGE.
Na outra ponta, entre os itens que menos pressionaram o IPCA, estão o cinema, o teatro e os concertos, bem como os pacotes turísticos. Todos eles apresentaram quedas.