
O Relatório de Política Monetária (RPM) do quarto trimestre, divulgado nesta quinta-feira (18), trouxe novas projeções do Banco Central para IPCA e hiato do produto, com ajustes ao longo de todo o horizonte estimado.
De acordo com o documento, a inflação acumulada em quatro trimestres passa a convergir ao centro da meta no 1º trimestre de 2028. Nesse período, a estimativa chega a 3,0%.
No mesmo relatório, o Banco Central manteve a projeção do hiato para o 3º trimestre de 2025 em 0,5% e indicou 0,2% para o 4º trimestre de 2025. Para o horizonte mais longo, o texto inclui a estimativa de -0,4% no 2º trimestre de 2027. Além disso, ele sinalizando recuo para território negativo ao longo do tempo.
Relatório de Política Monetária: projeções do IPCA
O RPM indica que as projeções do IPCA caíram em todo o horizonte quando comparadas ao relatório de setembro de 2025.
Com os novos números, o BC passa a indicar o retorno ao centro da meta no 1º tri de 2028, com 3,0% no acumulado de quatro trimestres.
Sendo assim, o relatório também mostra que o 3º trimestre de 2027, que será o horizonte relevante a partir da reunião de janeiro de 2026, segue com projeção de 3,2%. Este nível já aparecia no horizonte anterior, o 2º trimestre de 2027.
Hiato do produto: BC mantém estimativa para 2025
No capítulo dedicado ao hiato do produto, o Banco Central manteve a leitura para o 3º tri de 2025 em 0,5%. O número vem em linha com a pressão inflacionária descrita no próprio texto. Para o 4º tri de 2025, a projeção é de 0,2%.
O relatório amplia o horizonte divulgado e inclui a projeção para o 2º tri de 2027 em -0,4%. Até então, a estimativa mais longa apresentada pelo BC era de -0,5% para o 1º tri de 2027.
Em suma, o dado é compatível com a trajetória de recuo do hiato para valores negativos ao longo dos trimestres. Ele está associado a condições monetárias mais restritivas, segundo o documento.
Dessa forma, o material também aponta que as projeções do Banco Central para inflação e hiato permanecem mais otimistas do que as estimativas do mercado, citando as referências do Boletim Focus e do QPC.