Dados do IBGE

IPCA recua 0,11% em agosto, influenciado por energia elétrica e alimentos

Inflação acumulada no ano é de 3,15% e chega a 5,13% em 12 meses

IPCA+
IPCA / Pixabay

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação de 0,11% em agosto, após alta de 0,26% em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE.

No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%, e em 12 meses o índice soma 5,13%, abaixo dos 5,23% do período imediatamente anterior. Em agosto de 2024, o IPCA havia variado -0,02%.

Cinco dos nove grupos pesquisados tiveram queda em agosto, com destaque para os três de maior peso: Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%).

No lado das altas, as maiores variações foram em Educação (0,75%) e Despesas pessoais (0,40%).

Energia elétrica puxa queda em Habitação

O grupo Habitação teve o maior recuo (-0,90%), o menor para um mês de agosto desde o Plano Real.

O resultado foi influenciado principalmente pela energia elétrica residencial, que caiu 4,21% e contribuiu com -0,17 ponto percentual no índice.

O movimento reflete a entrada do Bônus de Itaipu nas faturas, além de reajustes regionais, como em São Luís (-5,90%), Vitória (7,02%) e Belém (-2,34%).

Alimentos em queda pelo terceiro mês

A alimentação no domicílio caiu 0,83%, após recuo de 0,69% em julho, influenciada por itens como tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,87% em julho para 0,50% em agosto.

Transportes: combustíveis em baixa

O grupo Transportes (-0,27%) refletiu quedas nas passagens aéreas (-2,44%) e nos combustíveis (-0,89%). A gasolina recuou 0,94%, o etanol 0,82% e o gás veicular 1,27%. O óleo diesel foi a exceção, com alta de 0,16%.

Altas em Educação e Saúde

Em contrapartida, a Educação avançou 0,75%, puxada por reajustes no ensino superior (1,26%) e fundamental (0,65%).

Saúde e cuidados pessoais subiram 0,54%, com destaque para itens de higiene (0,80%) e planos de saúde (0,50%).

Variação regional

Vitória registrou a maior alta regional (0,23%), pressionada por energia elétrica e tarifas de água e esgoto. As menores variações foram em Goiânia e Porto Alegre (-0,40%), influenciadas pelas quedas na energia elétrica e na gasolina.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e reflete os gastos de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos em dez regiões metropolitanas e em municípios como Brasília, Goiânia e Campo Grande.