Ipea: famílias de classe alta sentiram a inflação em setembro

As famílias de classe alta também está entre os que acumulam a maior inflação no ano, de 4,79%, e em 12 meses, de 8,01%.

O Índice de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA) registrou, no mês de setembro, a terceira deflação seguida após queda de 0,29%. Mas, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as família de alta renda tiveram uma alta de 0,08% na inflação no período.

Ainda segundo o Ipea, todas as demais classes de renda apresentaram deflação, com taxas que variam entre -0,21% e -0,35%. As famílias de classe alta também está entre os que acumulam a maior inflação no ano, de 4,79%, e em 12 meses, de 8,01%.

As de renda média foram as que mais perceberam a deflação, com queda de 0,35%. Logo após, vem o grupo de renda média-baixa (-0,34%).

Transportes, Comunicação e Alimentos trazem alívio

O Instituto apontou que os grupos de Transportes, Comunicação,  Alimentos e bebidas foram os que mais trouxeram alívio para todas as classes de renda no mês de setembro. 

Nos transportes, a deflação foi puxada pelas quedas de 8,3% da gasolina e de 12,4% do etanol. Para as famílias de alta renda, as reduções foram anuladas pelo reajuste do preço das passagens aéreas (8,2%) e do transporte por aplicativo (6,1%), já que o peso desses itens na cesta de consumo é maior que nas demais faixas. 

No grupo de comunicações, as baixas vieram dos serviços de internet (-10,6%) e dos combos de telefonia, internet e televisão por assinatura (-2,7%), além dos planos de telefonia fixa (-1,1%) e móvel (-0,4%).

Em alimentos e bebidas, o que se destacou foi a melhora no comportamento  dos alimentos no domicílio, como nos preços dos leites e derivados (-6,2%), dos óleos e gorduras (-4,2%), das hortaliças (-3,9%), dos cereais (-1,6%) e das carnes (-0,72%).