Economia

IPP: inflação ao produtor registra alta após seis meses de quedas

12 das 24 atividades industriais tiveram variações positivas de preço,

Em agosto de 2023, os preços da indústria variaram 0,92% frente a julho, voltando ao campo positivo depois de seis meses. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram variações positivas de preço, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE.

O acumulado no ano foi de -6,32%, a variação negativa mais intensa para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -10,51%.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

As quatro maiores variações no indicador mensal foram: refino de petróleo e biocombustíveis (7,52%); indústrias extrativas (6,56%); vestuário (5,89%); e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,79%).

Refino de petróleo e biocombustíveis foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de agosto e os de julho. A atividade foi responsável por 0,72 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de 0,92% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram indústrias extrativas, com 0,30 p.p. de influência, metalurgia (-0,17 p.p.) e vestuário (0,10 p.p.).

O acumulado no ano foi de -6,32%. A título de comparação, no último ano (2022) a taxa acumulada até o mês de agosto havia sido de 7,99%. O acumulado até agosto de 2023 foi o resultado negativo mais intenso para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2014.

As maiores variações acumuladas no ano entre as atividades foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-19,98%), outros produtos químicos (-17,35%), papel e celulose (-16,89%) e vestuário (15,47%).

Já as principais influências vieram de refino de petróleo e biocombustíveis: -2,39 p.p., outros produtos químicos: -1,52 p.p., alimentos: -1,43 p.p. e papel e celulose: -0,57 p.p.

O acumulado em 12 meses foi de -10,51% em agosto. No mês anterior, este mesmo indicador havia registrado taxa de -14,02%. Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de agosto com o mesmo mês do ano anterior foram: outros produtos químicos (-30,75%); refino de petróleo e biocombustíveis (-29,75%); vestuário (17,65%); e metalurgia (-14,09%).

Os setores de maior influência no resultado agregado foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-3,88 p.p.); outros produtos químicos (-3,07 p.p.); alimentos (-1,80 p.p.); e metalurgia (-0,89 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de agosto repercutiu assim: 0,04% de variação em bens de capital; 1,54% em bens intermediários; e 0,18% em bens de consumo, sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis foi de 0,16%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 0,18%.

A principal influência veio de bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 55,48% e respondeu por 0,85 p.p. da variação de 0,92% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens de consumo, com influência de 0,07 p.p. e bens de capital com 0,00 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em agosto se divide em 0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,06 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.