Bombardeio

Irã diz que tem o ‘dever de se defender’ após ataque israelense

A diplomacia iraniana destacou que utilizará “todas as capacidades materiais e espirituais da nação iraniana para defender sua segurança“

Bandeiras de Israel e Irã (Foto: Zeferli/istockphoto)
Bandeiras de Israel e Irã (Foto: Zeferli/istockphoto)

O Irã afirmou neste sábado (26) que tem o “dever de se defender” após bombardeios israelenses realizados durante a madrugada contra instalações militares, mesmo com a ameaça de Israel de fazer Teerã “pagar um preço elevado” caso responda ao ataque.

“Como as autoridades competentes da República Islâmica do Irã destacaram muitas vezes, com base no direito inerente à autodefesa, que também se reflete no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, consideramos a defesa contra atos de agressão estrangeira”, declarou o Ministério das Relações Exteriores do Irã em comunicado, segundo a “Exame”.

A diplomacia iraniana destacou que utilizará “todas as capacidades materiais e espirituais da nação iraniana para defender sua segurança e seus interesses vitais”.

Ao mesmo tempo, a defesa iraniana considerou a “ação agressiva do regime sionista” como “uma clara violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, especialmente do princípio da proibição da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial e a soberania nacional dos países”.

Irã x Israel e EUA ‘no meio’: quais as consequências de possível escalada?

As questões no Oriente Médio são motivo de dor de cabeça para investidores internacionais, especialmente pelos conflitos envolvendo Israel e Irã. No pregão de quinta-feira (10), o petróleo negociado na Nymex e na ICE fechou com alta de quase 4%.

A alta da commodity ocorreu devido a preocupações por parte do mercado em relação à escalada do conflito entre os dois países. Foi noticiado que o gabinete de segurança de Israel se reuniria na quinta-feira para decidir se teria ou não uma resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã. A ofensiva do Irã ocorreu no dia 1º de outubro.

Como consequência, houve uma série de pronunciamentos, incluindo o do presidente dos EUAJoe Biden. Nesse contexto, surgiu a possibilidade de uma retaliação envolvendo um ataque às petrolíferasiranianas.

Após muita conversa dos EUA internamente, e com Israel, Biden voltou a público para dizer que não compactuaria com nenhum tipo de retaliação envolvendo ataques às bases nucleares do Irã. O ponto é que, de modo velado, o presidente dos EUA disse que não atacaria as petrolíferas iranianas.