A Irlanda deve assinar a nova versão do acordo global para a taxação corporativa. Com isso, eles provavelmente se juntarão aos 134 dos 140 países signatários do novo negócio. Os irlandeses vinham se recusando a assinar o acordo por temerem que a taxa acabasse sendo superior a 15%, mas o tratado proposto recentemente sugere uma taxação de “ao menos” 15% sobre os lucros corporativos.
A proposta tem como objetivo a criação de um imposto mínimo global e a taxação de grandes companhias multinacionais, que por muito tempo estacionaram seus gigantescos lucros em países com incentivos fiscais.
Ao estabelecer uma taxa de 15% provavelmente abre o caminho para o governo irlandês assinar o acordo. O país europeu possui baixos impostos para várias das maiores multinacionais do mundo, a Irlanda é vista como o principal obstáculo nas negociações.
O Ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, ressaltou que o grande ponto de bloqueio que permanece sobre o quão uma dedução para uma taxa mínima global deve ser possível para multinacionais com base em ativos e folhas de pagamento em mercados estrangeiros
“Não é a taxa o grande problema, a posição da Irlanda está evoluindo neste assunto e um compromisso pode surgir em 15% como a tributação mínima efetiva”. afirmou Le Maire.
Caso o acordo seja aprovado, os países signatários deverão incluir a nova regra em seus estatutos até o ano que vem, de forma que em 2023 já estejam em vigor.