Incertezas globais

Itaú BBA corta preços-alvos de CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)

Desafios no mercado do aço geram impacto nos preços do minério de ferro

(Foto: divulgação/Itaúsa)
(Foto: divulgação/Itaúsa)

O Itaú BBA reduziu o preço-alvo da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) de R$ 12 para R$ 9. O novo valor representa um potencial de alta de 7,4% em relação ao fechamento da última sessão. A recomendação neutra foi mantida.

Houve também uma redução do preço-alvo da CSN Mineração (CMIN3) de R$ 5,50 para R$ 4,80, 3% menor do que o fechamento de ontem, reiterando recomendação de venda.

Daniel Sasson disse que as perspectivas para a CSN continuam negativas, com desafios no mercado do aço brasileiros e incertezas globais, gerando impacto nos preços do minério de ferro.

Itaú vê pouco espaço para valorização das ações da CSN

Os analistas explicam que o novo preço-alvo da CSN leva em conta a projeção de que o minério de ferro ficará estável, em torno de US$ 95 por tonelada em 2025. Ao mesmo tempo, a guerra comercial entre China e EUA aumenta a volatilidade do setor. Provocado um crescimento nas importações de aço subsidiado ao Brasil, o que pressiona as margens de lucro da CSN.

Já no caso da CSN Mineração (CMIN3), o desempenho sofre influência direta do câmbio. O relatório destaca que a variação do dólar impacta os resultados financeiros e a competitividade da empresa no mercado externo.

Importações de aço aumentam pressão sobre o setor e projeções

Um dos fatores centrais para o corte no preço-alvo da CSN e no preço-alvo CSNA3 é a pressão chinesa no mercado de aço.  A entrada de produtos com preços mais baixos, aliados a subsídios estatais, acaba desequilibrando a concorrência e gera dificuldades para o setor nacional.

O impacto das tarifas antidumping também está no radar dos analistas. Eles acompanham possíveis medidas do governo brasileiro para proteger a indústria nacional e mitigar os efeitos negativos no desempenho financeiro da CSN.