Meta fiscal

Itaú (ITUB4) vê arcabouço de 2025 insustentável sem freio na Previdência

Na comparação ano a ano, a Previdência cresce em um ritmo de 5,5% a 6%, explicou o economista do Itaú, Pedro Schneider

Itaú-paulista-1200x800
Foto: Itaú/ Divulgação

O arcabouço se mostrará insustentável no ano que vem, se a Previdência e o BPC (Benefício de Prestação Continuada) continuarem crescendo no ritmo atual. Isto porque o cumprimento demandaria um corte de gastos com despesas discricionárias (não obrigatórias) de R$ 40 bilhões, apontou Pedro Schneider, economista do Itaú Unibanco (ITUB4).

“Sabemos que o espaço para corte de gastos discricionários é inferior a esses R$ 40 bilhões”, afirmou Schneider durante encontro com jornalistas nesta quarta-feira (11), segundo o “Valor”.

“Por isso que o governo está tomando medidas do lado administrativo, de revisão de gastos, para que esse ritmo de concessão diminua”, prosseguiu.

Na comparação ano a ano, a Previdência cresce em um ritmo de 5,5% a 6%, enquanto o BPC cresce entre 11% e 12%, segundo o economista do Itaú.

Além do esforço deliberado do governo de frear parcela dessas concessões, o economista do banco apontou que parte dessa alta está relacionada à diminuição da fila da Previdência.

“É esperado que, em algum momento, esses efeitos se estabilizem”, afirmou Schneider.

O economista do Itaú observou que as chances do governo conseguir cumprir a meta de resultado primário este ano até aumento, por conta de algumas receitas extraordinárias e também uma atividade mais forte.

Já Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, acredita que o PIB do Brasil em 2024, talvez, esteja mais alinhado a 3% do que para 2%.

Ambos os executivos avaliam que, no entanto, o peso dado a medidas fiscais extraordinárias nas discussões sobre o ajuste fiscal apenas postergaram debates para o ano seguinte.

Itaú (ITUB4) conclui venda de ações classe A da XP

O Itaú Unibanco (ITUB4) informou que concluiu, por meio de suas controladas, a alienação da totalidade das ações classe A, que eram de sua titularidade, de emissão da XP Inc., listada na Nasdaq.

O banco ainda permanece com 8.285.060 de ações Classe B da XP, que representam 1,54% de seu capital social total.

Segundo comunicado, a alienação não deve acarretar efeitos materiais nos índices de capital e nos resultados da companhia neste exercício social.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile