A economia do Japão registrou uma contração de 0,3% em junho em relação ao mês anterior, pressionada pelo avanço das importações, que compensou o impacto do consumo aquecido. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo JCER (Centro de Pesquisa Econômica do Japão).
O consumo privado, que responde por mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão, avançou 1% após o recuo de 0,3% em maio. “O consumo foi forte em junho, provavelmente devido ao aumento dos bônus e a um aumento significativo na renda real disponível”, afirmou o relatório, de acordo com o “Valor”.
Os salários reais ajustados pela inflação japonesa avançaram em junho pela primeira vez em 27 meses, impulsionados por pagamentos de bônus mais elevados, conforme apontou o governo do país.
O relatório do JCER declarou que o aumento do consumo foi registrado em uma ampla gama de itens, incluindo bens domésticos e móveis, calçados e roupas.
O centro de pesquisa estimou que o investimento corporativo recuou 2,8% em junho, mencionando indicadores como remessas de bens de capital e pedidos de máquinas.
Bolsa do Japão tem maior alta em 16 anos após forte queda na véspera
A Bolsa de Valores do Japão se recuperou nesta terça-feira (6), com alta de 10,23% a 34.675,46 pontos – o maior ganho diário desde outubro de 2008.
O avanço acontece após forte queda na segunda-feira (5). O Nikkei 225, principal índice da bolsa japonesa, que já havia recuado 5,8% na sexta-feira (2), despencou 12,4%, ou 4.451,28 pontos, encerrando o dia em 31.458,42 pontos, superando o recorde de perdas estabelecido na quebra da bolsa de outubro de 1987.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 3,30% em Seul, a 2.552,15 pontos, e o Taiex subiu 3,38% em Taiwan, a 20.501,02 pontos.
Na China continental, que foram menos afetadas pelo tumulto global dos últimos dias, os ganhos foram mais modestos. O Xangai Composto subiu 0,23%, a 2.867,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,18%, a 1.567,03 pontos.