As exportações do Japão caíram pela primeira vez em 10 meses, conforme dados divulgados pelo governo de Tóquio nesta quinta-feira (17). A contração no desempenho total foi de 1,7% em setembro, em comparação com o mesmo período de 2023.
As exportações para a China, maior parceira comercial do Japão, recuaram 7,3% no mês. Já as exportações para os EUA diminuíram 2,4%, seguindo a mesma base comparativa.
Por outro lado, as importações registaram alta de 2,1% em setembro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Com esses resultados, o Japão apresentou um déficit comercial de US$ 1,97 bilhão no mês.
O presidente do BOJ (Banco do Japão), Kazuo Ueda, justificou os números negativos em coletiva de imprensa. Segundo o “Valor”, ele atribuiu a contração aos riscos externos, como as incertezas econômicas nos EUA e a instabilidade no mercado de energia.
No entanto, Ueda ressaltou que o BOJ ainda tem tempo para decidir sobre uma possível alta na taxa básica de juros do país.
Japão: economia contrai 0,3% em junho
A economia do Japão registrou uma contração de 0,3% em junho em relação ao mês anterior, pressionada pelo avanço das importações, que compensou o impacto do consumo aquecido. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo JCER (Centro de Pesquisa Econômica do Japão).
O consumo privado, que responde por mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão, avançou 1% após o recuo de 0,3% em maio. “O consumo foi forte em junho, provavelmente devido ao aumento dos bônus e a um aumento significativo na renda real disponível”, afirmou o relatório, de acordo com o “Valor”.
Os salários reais ajustados pela inflação japonesa avançaram em junho pela primeira vez em 27 meses, impulsionados por pagamentos de bônus mais elevados, conforme apontou o governo do país.
O relatório do JCER declarou que o aumento do consumo foi registrado em uma ampla gama de itens, incluindo bens domésticos e móveis, calçados e roupas.
O centro de pesquisa estimou que o investimento corporativo recuou 2,8% em junho, mencionando indicadores como remessas de bens de capital e pedidos de máquinas.