O mercado de trabalho americano abriu 8,1 milhões de vagas em novembro, de acordo com o relatório Jolts (Job Openings and Labor Turnover Survey), divulgado nesta terça-feira (7) pelo Departamento do Trabalho.
O número ficou acima dos 7,8 milhões revisados em outubro e superou a expectativa dos analistas, que projetavam 7,7 milhões de vagas.
Por outro lado, o volume de contratações recuou para 5,3 milhões, em comparação aos 5,4 milhões registrados no mês anterior. As demissões também diminuíram, totalizando 3,1 milhões contra 3,3 milhões de outubro.
Mercado de trabalho dos EUA aquecido
De acordo com Andressa Durão, economista do ASA, o resultado de 8,1 milhões de vagas abertas nos EUA em novembro, superando o consenso de 7,74 milhões, aponta para um mercado de trabalho ainda forte, embora o ritmo de contratações tenha caído.
A taxa de vacância (V/U), que mede a relação entre vagas de emprego abertas e o número de trabalhadores desempregados, subiu de 1,11 para 1,13, voltando a níveis próximos aos observados antes da pandemia.
Durão explica que isso reforça a percepção de um mercado de trabalho apertado, onde a oferta de vagas ainda excede a disponibilidade de mão de obra.
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Além disso, a taxa de vagas subiu para 4,8% em novembro, enquanto a taxa de contratação caiu para 3,3%, permanecendo em um patamar historicamente baixo. A taxa de demissão recuou para 1,9%.
“Embora o mercado esteja estável com taxas de vacância confortáveis, o ritmo moderado das contratações demonstra uma abordagem cautelosa das empresas”, avalia Andressa Durão.
Serviços mostram resiliência nos EUA
O índice ISM do setor de serviços registrou 54,1 pontos em dezembro, acima do consenso de 53,5, marcando o sexto mês consecutivo acima de 50 pontos, indicando expansão da atividade.
Componentes importantes do índice sugerem melhora geral no setor, exceto o emprego, que continua fraco desde 2024 e se manteve estável no mês. O índice de preços, uma medida relevante para a inflação, avançou de forma significativa.
A pesquisa ISM, uma das principais sondagens qualitativas da economia americana, reforça a resiliência no curto prazo, mas em um nível inferior ao PMI. O setor de serviços segue superando o desempenho da indústria.
