Estimativas

JP Morgan revisa para baixo estimativa do PIB brasileiro

Para o JP Morgan, sinais claros de contenção de despesas "tendem a aliviar a pressão no mercado"

PIB
PIB brasileiro / Agência Brasil

O JP Morgan revisou para baixo suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, conforme relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta segunda-feira (22). As estimativas foram reduzidas de 2,9% para 2,5% em 2024.

O banco não prevê novos ajustes na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) para este ano, mas observa que “o forte crescimento, aliado à desvalorização cambial e ao aumento das expectativas de inflação – em parte devido a questões fiscais – deve manter as taxas de juros elevadas no curto prazo.”

Cenário fiscal

Diante das incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas e as dúvidas quanto ao compromisso do governo em cumprir as metas fiscais, a atenção está focada na contenção de R$ 15 bilhões anunciada pelo governo federal.

“Nem nós nem o consenso esperamos que o governo cumpra as metas de resultado primário equilibrado (ex. taxas de juros) neste ano, chegando de um déficit de 2,3% no ano passado, mas o crescimento elevado das despesas públicas até agora no ano desafia o quadro fiscal e aumenta o risco de um fim antecipado da credibilidade desta ferramenta que reduziu os riscos fiscais no ano passado”, afirmam os economistas do banco.

Para o JP Morgan, sinais claros de contenção de despesas “tendem a aliviar a pressão no mercado”.

JP Morgan revisa varejistas e elege Lojas Renner (LREN3) como preferida

O banco JP Morgan apontou que o este ano tem sido de queda significativa das ações do setor varejista brasileiro. Isto por conta das tendências desanimadores e dos ruídos quanto à questão fiscal, que pressionam as empresas domésticas e alavancas. 

Com avaliações próximas das mínimas históricas, a maioria das varejistas têm negociados entre 9 vezes e 13 vezes o P/L (Preço/Lucro) estimado para 2025.

Porém, mesmo acreditando que a assimetria de risco para o setor seja favorável no médio prazo, o JP Morgan vê que as discussões de valuation para a maioria das empresas são secundárias no curto prazo e os focos devem ser: o momentum, o nível de alavancagem, a geração de fluxo de caixa livre, a visibilidade dos lucros e o posicionamento no mercado.

Sendo assim, os analistas do JP Morgan recomendam a exposição de curto prazo pelas Lojas Renner (LREN3) e Natura&Co (NTCO3), à espera de revisões ascendentes nos lucros por ação. 

Além disso, o banco também expressou gosto pelas ações da RD Saúde (RADL3) e da Smart Fit (SMFT3), pelo avanço sólido, visibilidade e resiliência.