Jamie Dimon

JPMorgan: CEO discute cautela dos clientes e risco de recessão

O executivo fez questão de ressaltar os desafios estruturais que se acumulam no horizonte

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JPMorgan / Foto: Divulgação

O CEO do JPMorgan (JPMC34), Jamie Dimon, comentou nesta sexta-feira (11) sobre os riscos crescentes para a economia dos EUA. As falas, que vieram logo após o banco reportar resultados sólidos no primeiro trimestre, são do executivo considerado uma das vozes mais influentes do sistema financeiro global.

Dimon observou uma postura cada vez mais cautelosa por parte dos clientes e destacou que a probabilidade de uma recessão aumentou. Em sua fala inicial a investidores, ele apontou o crescimento de 12% nas receitas do Investment Banking no trimestre — desempenho alcançado mesmo diante das tensões geopolíticas e comerciais.

O executivo fez questão de ressaltar os desafios estruturais que se acumulam no horizonte: reformas tributárias inacabadas, movimentos de desregulamentação, nova rodada de tarifas, inflação persistente, altos déficits fiscais e instabilidade nos preços dos ativos.

Em meio ao cenário conturbado atual, de acordo com o Investing, o JPMorgan reforçou sua estratégia de manter flexibilidade para operar em um ambiente altamente incerto.

Durante a teleconferência, Dimon detalhou a visão do banco sobre o atual ambiente de negócios. Ele destacou que, mesmo que o nível de interação com os clientes siga elevado, a concretização de negócios e a geração de novas operações têm sido dificultadas pela volatilidade e pelas incertezas do consumidor.

JPMorgan tem lucro de US$ 14,64 bi no 1T25, acima do esperado

JPMorgan Chase teve lucro líquido de US$14,64 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado veio acima das expectativas de analistas do mercado que previam um valor menor diluído por ação. Os dados formam disponibilizados no balanço trimestral da empresa disponibilizado nesta sexta-feira (11).

A cifra do trimestre na JP Morgan também revela crescimento quando comparado com o mesmo período de 2024, ante ganhos de US$13,43 bilhões no ano passado. O valor diluído por ação da instituição ficou em US$5,07 e sua receita teve alta anual de 8% para o primeiro trimestre.

O resultado também surpreendeu analistas da FactSet, que cravavam alta de US$43,99 bilhões, mas com grata surpresa no resultado avaliado em US$45,31 bilhões para o início de 2025. Apesar do bom desempenho, as perdas de crédito do banco também cresceram na comparação anual: para US$ 3,31 bilhões entre janeiro e março, de US$ 1,88 bilhão um ano antes.