Fiscal

JPMorgan (JPMC34) vê alta de 1 p.p na Selic em dezembro

Segundo o JPMorgan, o pacote fiscal falhou em construir credibilidade para a política econômica

Foto: Pixabay
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O JPMorgan (JPMC34) divulgou recentemente um relatório em que passou a projetar uma alta de 1 ponto percentual (p.p) na Selic (taxa básica de juros) na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, prevista para os dias 10 e 11 de dezembro.

O pacote fiscal anunciado na véspera pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), somado às tensões globais e à desvalorização do real, colocou o Banco Central em uma posição desafiadora, pressionando-o a adotar uma política monetária mais agressiva para conter a inflação, apontaram os analistas do banco.

Segundo o JPMorgan, o pacote falhou em construir credibilidade para a política econômica e ampliou o desalinhamento entre as políticas fiscal e monetária.

O relatório do banco também alerta que as recentes desvalorizações cambiais adicionaram aproximadamente 0,3 p.p às expectativas de inflação para 2026, agravando o desalinhamento das projeções inflacionárias em relação às metas do Banco Central.

JPMorgan rebaixa recomendação para ações brasileiras

JPMorgan rebaixou a recomendação das ações brasileiras de ‘compra’ para ‘neutra’, devido às preocupações com o crescimento mais lento da China e os impactos da política comercial do futuro governo de Donald Trump nos EUA.

Segundo o banco, a desaceleração do gigante asiático pode afetar diretamente o Brasil, em decorrência das pressões nos preços das commodities. Outro motivador foi a expectativa de elevação de juros para 2025, o que aumento o desafio para o mercado de ações.

Em contrapartida, o JPMorgan elevou as ações do México a ‘compra’, justificando a decisão com base no forte crescimento dos EUA. “Há uma correlação bastante alta entre a produção industrial mexicana e a dos EUA”, afirmou Emy Shayo Cherman, estrategista do banco.

Apesar da elevação, o JPMorgan destacou que continuará monitorando as reformas institucionais do México, que ainda representam um risco significativo para o país.

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