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Juros baixos do período pré-pandemia podem não voltar, diz Powell

"Estamos fazendo política monetária com a economia que temos", declarou Powell

Foto: Fed (Federal Reserve)
Foto: Fed (Federal Reserve)

O chair do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, declarou nesta quarta-feira (12) que as novas previsões do banco central dos EUA apontam para uma taxa básica de juros maior no longo prazo, sinalizando uma mudança de visão entre os formuladores de política monetária.

“Estamos fazendo política monetária com a economia que temos”, declarou Powell, de acordo com o Investing.

As afirmativas foram feitas durante a coletiva de imprensa após a decisão do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto).

A elevação da visão da taxa básica de longo prazo de 2,6% para 2,8% aponta que as autoridades estão “gradualmente” chegando à conclusão de que o ambiente de juros muito baixos visto antes da pandemia pode não estar retomando aos níveis pré-pandemia.

BCE pode ter várias reuniões entre cortes de juros, diz Lagarde

A taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu) não está em uma trajetória linear de queda, e as autoridades de política monetária poderiam, em alguns momentos, aguardar mais de uma reunião antes de reduzir a taxa novamente. A afirmação foi feita recentemente pela presidente do BCE, Christine Lagarde, em uma coletiva.

Na semana passada, o BCE reduziu as taxas de juros em relação a um pico recorde, mas não assegurou que qualquer outra flexibilização da política monetária, devido ao forte crescimento dos salários e da elevada estimativa de inflação.

“Tomamos a decisão apropriada, mas isso não significa que as taxas de juros estejam em uma trajetória linear de queda”, declarou Lagarde, de acordo com o “InfoMoney”.

Além disso, Lagarde disse ao Expansión, Handelsblatt, Il Sole 24 Ore e Les Échos, nesta segunda-feira (10), que “pode haver períodos em que manteremos as taxas de juros inalteradas”.

Com isso, os mercados aguardam pouco mais de um corte nos juros durante as quatro reuniões que restam em 2024. Também são esperadas entre 3 e 4 reduções até o final de 2025.