Relatório Focus

Juros futuros avançam com expectativa de Selic mais alta

A espera por uma taxa de juros maior é decorrente do que foi indicado pelo Relatório Focus do BC (Banco Central).

Foto: Freepik/juros
Foto: Freepik/juros

As taxas do DI (Depósitos Interfinanceiros) fecharam esta segunda-feira (20) em alta, com maior movimento nos contratos a partir de 2026, como reflexo da expectativa do mercado de uma Selic (taxa básica de juros) mais elevada no final de 2024.

A espera por uma taxa de juros maior é decorrente do que foi indicado pelo Relatório Focus do BC (Banco Central), divulgado nesta segunda-feira. Além disso, os receios em relação ao futuro do Copom (Comitê de Política Monetária) e o contido crescimento dos rendimentos de Treasuries no exterior também influenciaram o movimento nacional.

No final desta tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,38%, contra os 10,364% do ajuste anterior, ao passo que a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,7%, ante 10,655% no ajuste anterior.

Já a taxa de janeiro de 2027 estava em 11,055%, ante 11,005%, seguindo a mesma base comparativa.

Esta sessão foi o terceiro pregão consecutivo em que as taxas futuras — especialmente as de longo prazo — fecharam no azul. As informações são do “InfoMoney”.

China mantém taxas de juros, em linha com as expectativas 

As taxas de juros de referência da China permaneceram inalteradas este mês, segundo dados do banco central divulgados nesta segunda-feira (20), após Pequim anunciar medidas audaciosas para abordar a crise no setor imobiliário.

A taxa prime de empréstimos (LPR) de um ano continuou em 3,45%, enquanto a taxa de cinco anos ficou estável em 3,95%, conforme os dados oficiais.

Os economistas já previam a manutenção das taxas de referência, especialmente após o Banco Popular da China (PBoC) ter mantido constantes as taxas diretoras, incluindo a taxa de juro do mecanismo de empréstimo de médio prazo, que serve como base para os LPRs, no início deste mês.

O banco central deve continuar a flexibilizar sua política monetária, necessitando de mais liquidez para que os bancos adquiram títulos do governo, incluindo os novos títulos do Tesouro de longo prazo que começaram a ser emitidos na sexta-feira passada.