Brasil

Juros futuros fecham em alta em dia de IPCA

A possibilidade de o Fed reduzir o corte nas taxas de juros na próxima reunião sustentou o avanço do rendimento dos Treasuries

Foto: Canva / Ibovespa
Foto: Canva / Ibovespa

As taxas dos DIs (Depósito Interfinanceiro, título privado de Renda Fixa que representa as taxas de juros com as quais os bancos negociam) fecham nesta quarta-feira (9) com forte alta, superando os 20 pontos-base nos vencimentos a partir de 2026. Isso reflete o avanço dos rendimentos dos Tesouros no exterior, a melhoria do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) e a persistência dos recebimentos em relação ao cenário fiscal no Brasil.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 — que trata das apostas para a Selic no curtíssimo prazo — estava em 11,11%, contra os 11,086% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2026 estava em 12,5%, em alta de 20 pontos-base em relação ao ajuste de 12,299%. O vencimento para janeiro de 2027, por sua vez, ficou em 12,58%, ante 12,332%.

Em relação aos contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,53%, respondendo a um avanço de 26 pontos-base em relação a 12,269%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,45%, contra 12.195% fazem ajuste anterior.

A possibilidade de o Fed (Federal Reserve) reduzir o corte nas taxas de juros na próxima reunião sustentou o avanço do rendimento dos Treasuries, o que também impulsionou a curva de juros nacional. A informação é do “InfoMoney”.

Ata do Fomc: maioria do Fed desejava corte maior de juros

Uma maioria substancial de autoridades do Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, desejava fazer um corte de 50 pontos base nas taxas de juros na reunião de setembro do Fomc (Comitê de Mercado Aberto), segundo a ata da reunião dos dias 17 a 18 de setembro, divulgada nesta quarta-feira (9).

Do total de 12 membros do Fomc, a maioria formada por 11 deles decidiu pela redução da taxa de referência para uma faixa entre 4,75% e 5%.

Conforme consta na ata, os defensores do corte maior “geralmente observaram que tal recalibração da postura da política monetária começaria a alinhá-la melhor com os indicadores recentes de inflação e do mercado de trabalho”, segundo a “Reuters”.