Os juros futuros fecharam o pregão desta terça-feira (9) em queda ao longo da curva, acompanhando o bom desempenho do real. Agentes financeiros sinalizaram que a performance positiva de moedas de países da América Latina impulsionou a queda das taxas.
O que também contribuiu para a contração dos juros futuros foi o posicionamento técnico dos agentes locais após dias de estresse elevado sobre a curva.
Ao final do pregão, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 sofreu variação de 10,595% no ajuste anterior para 10,57%; a do DI para janeiro de 2026 foi de 11,255% para 11,17%; o DI para janeiro de 2027, por sua vez, caiu de 11,565% para 11,455%; por fim, o DI para janeiro de 2029 foi de 11,915% para 11,83%.
Dados dos operadores de mercado apontam que o movimento dos juros futuros está ligado ao bom desempenho do real na sessão. O dólar fechou com queda de 1,12% e voltou a se aproximar de R$ 5,40, auxiliando a enfraquecer a tese de que o Copom (Comitê de Política Monetária) terá que retornar a elevar a taxa de juros no curto prazo.
Além disso, o dia também foi positivo para outras moedas de países latino-americanos. O dólar recuou 0,50% ante o peso chileno; a queda foi de 0,43% ante o peso colombiano; e, segundo o “Valor”, de 0,29% ante o peso mexicano.
Powell: “mais bons dados” impulsionariam corte de juros
Em depoimento ao Congresso nesta terça-feira (9), o presidente do Fed (Federal Reserv), Jerome Powell, disse que dados recentes mostram progressos “modestos” em relação ao alcance da meta de inflação. Powell também destacou que “mais bons dados” reforçariam confiança para corte de juros.
“Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos […] mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%”, afirmou Powell.
Segundo o presidente da autoridade monetária, o Fed está agora preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia, caso as taxas permaneçam demasiado altas durante muito tempo.