Indicadores financeiros

Juros sobem em maio e concessões de crédito recuam no país

Com os juros ainda em alta, volume de novos empréstimos caiu em maio, enquanto o estoque total de crédito continuou em crescimento

Saldo total do crédito livre subiu 0,5% em maio (Foto: Pixabay)
Saldo total do crédito livre subiu 0,5% em maio (Foto: Pixabay)

As concessões de empréstimo no Brasil recuaram 0,4% em maio, impactadas pelos juros, quando comparados ao mês anterior, de acordo com o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (27).

O estoque total de crédito avançou 0,6% no período, atingindo R$ 6,7 trilhões.

No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres subiram 0,2% em relação ao mês anterior.

Juro médio em alta

A taxa média de juros anual nas operações de crédito subiu 0,1 ponto percentual em maio, alcançando 31,5% ao ano, de acordo com o Banco Central.

No acumulado de 12 meses, o aumento foi de 3,7 pontos percentuais.

Entre os segmentos, os juros cobrados das pessoas jurídicas recuaram 0,4 ponto, para 21,4% ao ano. Já para as pessoas físicas, houve alta de 0,3 ponto percentual, com a taxa atingindo 36,2% ao ano.

Nos recursos livres, a taxa média passou de 44,8% para 45,4% entre abril e maio. Por outro lado, nos recursos direcionados, houve leve queda, de 12,2% para 12,1%.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e os juros cobrados dos clientes, subiu de 19,9 para 20,2 pontos percentuais no mês.

Nas operações com pessoas físicas, o spread avançou de 25 para 25,4 pontos percentuais.

No crédito para empresas, houve leve aumento, de 8,8 para 8,9 pontos.

O volume de novos empréstimos e financiamentos caiu 1,5% em maio, na série dessazonalizada, que retira peculiaridades de um determinado período, como número de dias úteis a mais ou a menos.

O volume passou de R$ 665,5 bilhões em abril para R$ 655,8 bilhões em maio deste ano.

Para as pessoas físicas, houve queda de 3,9% na mesma base de comparação, passando de R$ 358,3 bilhões para R$ 344,4 bilhões.

Enquanto para as pessoas jurídicas foi registrada queda de 2,5%, de R$ 314,4 bilhões para R$ 306,6 bilhões.