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Juros: taxas caem com dado dos EUA e mercado se divide sobre Selic

Segundo o head de renda fixa da Suno Research, Vinícius Romano, um dos fatores que limitaram as quedas das taxas é o “componente doméstico”.

Foto: Freepik
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Os dados mais fracos do que o esperado sobre o mercado de trabalho dos EUA em abril acentuaram a queda dos contratos de DI (Depósitos Interfinanceiros). O ritmo negativo já estava ocorrendo devido à baixa probabilidade de um novo aumento nas taxas de juros norte-americanas.

Contudo, as movimentações sobre os EUA não foram suficientes para remover a aposta de que o Copom (Comitê de Política Monetária) fará um corte de apenas 0,25 p.p (ponto percentual) na Selic (taxa básica de juros) na próxima semana.

Embora, nos últimos pregões, as taxas de DI tenham registrado consideráveis oscilações, no acumulado da semana a variação foi atenuada. No curto prazo, a variação foi menos de 10 p.p, já no longo prazo, a variação foi um pouco superior a 15 pontos.

Segundo o head de renda fixa da Suno Research, Vinícius Romano, um dos fatores que limitaram as quedas das taxas é o “componente doméstico”.

“A gente está olhando bastante para o cenário externo, mas tem esse fator a mais, que seria o fiscal”, disse ele, de acordo com o “InfoMoney”. O analista se referiu às dúvidas do mercado quanto à capacidade do governo em cumprir as metas.

O analista pontua que esse fator, somado à incerteza externa, impede que os investidores acreditem que o Copom reduzirá a Selic em 0,25 p.p na próxima reunião – mesmo que as opiniões estejam divididas sobre esse percentual de corte e um mais intenso de 0,50 p.p.

BC da Argentina corta os juros para 50% ao ano

taxa de juros de referência da Argentina foi reduzida de 60% para 50% ao ano, segundo anúncio do BC (Banco Central do país), nesta quinta-feira (2).  A nova porcentagem corresponde a 4,2% ao mês, conforme a instituição.

O BC argentino realizou o segundo corte nos juros em uma semana, sendo, também, o quinto desde o início do mandato de Javier Milei como presidente do país.

A justificativa apresentada pelo BC é de que o governo se mostra cada vez mais confiante em conter a inflação argentina