O limite de gastos do governo federal estabelecido pelo arcabouço fiscal vai crescer R$ 54,9 bilhões em termos reais em 2025. As declarações foram feitas nesta sexta-feira (26) pelo subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro Nacional, David Rabelo Athayde. Será com esse “respiro” que a União terá para expandir os gastos em 2025.
O cálculo para o crescimento deste limite considera o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado em 12 meses até junho, que foi de 4,23%, além do crescimento real (que já desconta a inflação) de 2,5% possibilitado pelo arcabouço.
Com isso, o teto avançará em termos nominais de R$ 2,105 trilhões, que é o limite estabelecido para 2025, para R$ 2,249 trilhões no próximo ano.
As falas de Athayde foram feitas durante uma entrevista coletiva para comentar o Resultado do Tesouro Nacional em junho, conforme informações do “Valor”.
JP Morgan vê BC no limite para possíveis altas nos juros
De acordo com o JP Morgan, o Banco Central pode estar chegando ao seu limite, enfrentando uma situação cada vez mais difícil devido à desancoragem das expectativas inflacionárias.
“Aumentos adicionais das projeções de inflação podem desencadear altas no segundo semestre deste ano”, alerta o banco em relatório divulgado ao mercado nesta semana.
Os economistas Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha a taxa Selic em 10,5% após sua reunião na próxima semana, o que está alinhado com o consenso do mercado.