Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, afirmou nesta quarta-feira (04) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um “candidato fortíssimo” para se reeleger em 2026. Além disso, ele não vê ainda um nome para a direita que não seja o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A perspectiva sobre Bolsonaro vem apesar do político estar inelegível e das acusações de que ele teria planejado e armado um golpe de Estado contra o petista.
“Falando em 2026, nós temos um presidente sentado na cadeira, que todos sabemos da capacidade de articulação, e que se entregar o Brasil bem, é um candidato fortíssimo”, disse Lira, ao participar de evento do portal Jota, segundo o “Valor”.
“Eu penso que todo governo candidato à reeleição, se estiver bem, com economia circulando, é um forte candidato”, reforçou.
Lira acredita que o único adversário seria Bolsonaro. “Não vejo outro candidato que não seja ele, pode assumir a chapa e depois substituir, o presidente Lula já disputou uma eleição assim”, comentou.
Na avaliação do parlamentar, essa “é a foto do momento, não o filme”, e outros fatos podem alterar esse cenário até a data da eleição.
No caso de Bolsonaro, pesa sobre sua possível candidatura em 2026, além do fato de estar inelegível, um indiciamento, junto com outras 36 pessoas, pela PF (Polícia Federal) sob a acusação de tramar um golpe de Estado contra a eleição e posse de Lula.
Outro destaque mencionado foi que a eleição presidencial é diferente da disputa municipal. Nas eleições para prefeituras, os partidos de centro são mais fortes. Já na corrida presidencial, o eleitor que alguém mais alinhado à suas ideologias, na análise do parlamentar.
Lira promete acelerar cortes de gastos na Câmara, mas IR será adiado
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta sexta-feira (29), por meio de uma rede social, que os deputados se empenharão com todo esforço, celeridade e boa vontade” para aprovar as medidas de redução de gastos propostas pelo governo federal.
“Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, publicou.
Em publicações seguintes, o chefe da Casa Baixa destacou que a inflação e a valorização do dólar são “problemas que afetam de forma mais intensa as camadas mais pobres da população”.
Ele também fez uma menção, sem citar diretamente o projeto, a uma possível objeção em relação ao outro tema divulgado pelo governo nesta semana: a reforma da tabela do Imposto de Renda, que visa elevar para R$ 5 mil a faixa de isenção do tributo.
“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, postou.