Apesar da atividade econômica dos EUA não ter mostrado alteração relevante de um relatório para o outro, o Livro Bege do Fed (Federal Reserve), divulgado nesta quarta-feira (23), ressaltou que a incerteza em relação à política comercial do país foi predominante entre os distritos.
Foi registrado um crescimento leve em apenas cinco distritos, sendo que em três deles foi observada uma atividade relativamente inalterada e os outros quatro restantes relatando quedas leves ou modestas.
Além disso, o Livro Bege também mostrou que os distritos registraram vendas moderadas a robustas de veículos e de alguns bens não duráveis.
O movimento foi relacionado a uma “corrida” para compras antes dos aumentos de preços relacionados, um temor que tomou conta dos consumidores nos EUA devido à guerra tarifária entre os EUA e a China, iniciada por Donald Trump, pontuou o documento.
Enquanto isso, as vendas de casas aumentaram um pouco. “A perspectiva piorou consideravelmente com o aumento da incerteza econômica, principalmente em relação às tarifas”, acrescentou o Fed.
Livro Bege: EUA vê leve alta na economia e pressão nos preços
O Livro Bege, divulgado nesta quarta-feira (5), apontou que a economia dos EUA registrou um leve crescimento desde janeiro. O relatório mostrou que seis distritos não tiveram variação na economia, quatro observaram crescimento moderado e dois relataram leve queda.
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Contudo, no mesmo período, o consumo apresentou queda. Enquanto a demanda por itens essenciais se manteve sólida, os consumidores — especialmente os de menor renda — demonstraram maior sensibilidade a preços em produtos não essenciais.
A retração no consumo também está ligada ao aumento dos preços na maioria dos distritos. Os custos de insumos avançaram mais do que os preços de venda, principalmente na manufatura e na construção.
Além disso, a alta nos preços de ovos e outros alimentos afetou processadores e restaurantes, enquanto seguros e transporte também sofreram reajustes. Segundo o Fed (Federal Reserve), algumas empresas já começaram a repassar esses custos aos clientes, prevendo impactos de tarifas sobre insumos.
O documento também apontou que o setor manufatureiro opera de forma modesta na maioria dos distritos, mesmo diante das preocupações com mudanças na política comercial. Segundo o Monitor do Mercado, representantes da indústria — desde petroquímicos até fabricantes de equipamentos de escritório — indicaram apreensão com os possíveis impactos de novas tarifas.
O setor bancário registrou expansão nos distritos que forneceram informações. No segmento imobiliário, o mercado apresentou desempenho misto, ainda enfrentando restrições de oferta. Já o setor agrícola mostrou deterioração das condições em alguns distritos.
A construção civil, por sua vez, teve retração tanto no segmento residencial quanto no comercial, com receios sobre o impacto das tarifas no preço da madeira e de outros materiais.
