Economia

LOA: após divergências, CMO adia votação para quinta-feira

A alteração foi feita após divergências no texto

Antes prevista para a tarde desta quarta-feira (20), a votação do projeto de LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024 foi adiada para às 9h30 de quinta-feira (21). A alteração foi feita pela senadora e presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Daniella Ribeiro (PSD-PB), por divergências no texto.

O relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), aumentou o valor das emendas parlamentares para R$ 53 bilhões, e o fundo eleitoral de R$ 993 milhões para R$ 4,9 bilhões.

Para fazer esses aumentos, ele cortou dinheiro previsto para o Minha Casa, Minha Vida e as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A intenção dos parlamentares é votar a LOA no plenário do Congresso ainda na quinta, para encerrar o ano legislativo.

As informações são do jornal “Valor”.

Congresso aprova texto-base da LDO de 2024

O Congresso Nacional aprovou, em sessão conjunta na terça-feira (19), o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024. Para garantir o quórum da votação, o encontro foi feito de forma semipresencial, ou seja, parlamentares puderam votar remotamente por meio do aplicativo InfoLeg.

A LDO define as diretrizes para a elaboração do Orçamento. O parecer, elaborado pelo deputado Danilo Forte (União-CE) e aprovado pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) na última semana, mantém a definição de prazos para que o governo federal empenhe as emendas parlamentares impositivas. Elas podem ser individuais (de deputado ou senador) ou de bancada estadual.

O texto também institui uma trava de R$ 23 bilhões para o limite de contingenciamentos em 2024. O valor reservado para as emendas bateu recorde histórico: R$ 49 bilhões. São R$ 25 bilhões para emendas individuais, R$ 12,5 bilhões para as de bancada e R$ 11,3 bilhões para as de comissões.

O relator, porém, complementou o voto para retirar os prazos para as emendas de comissão (não impositivas). Foi mantida a destinação mínima de 0,9% da receita líquida de 2022 para essas emendas, sendo dois terços para as comissões da Câmara e um terço para as do Senado. O total de recursos está em torno de R$ 11 bilhões.

O relator recuou de sua intenção original e retirou do texto um trecho que incluía o Sistema S no Orçamento da União. Gerido pelo setor industrial, o Sistema S é formado por entidades como Sesi, Sesc e Senai, voltados a treinamento e promoção de esporte e cultura. Como justificativa, o relator afirmou que a mudança traria mais transparência e controle dos recursos públicos destinados às entidades.

A LDO estabelece as diretrizes para a elaboração do Orçamento para o próximo ano. Ela antecede a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o Orçamento em si, com a estimativa de receita e a programação de despesas para o ano seguinte. A previsão é que a LOA seja votada na próxima quinta (21).

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