Política monetária

Lula: 'baixar os juros é uma briga eterna no Brasil'

Lula comentou também que não basta baixar os juros para promover o consumo no país, mas também cuidar da circulação e distribuição da renda

Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (14) que conseguir reduzir o patamar dos juros “é uma briga eterna” no Brasil. O mandatário defendia a redução da Selic (taxa básica de juros) como forma de estímulo aos investimentos.

Lula comentou também que não basta baixar os juros para promover o consumo no país, mas também cuidar da circulação e distribuição da renda. O presidente esteve na abertura do evento Diálogos Capitais, em comemoração aos 30 anos da revista “Carta Capital”, realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). 

O mandatário aproveitou o evento para fazer sinalizações à indústria de automóveis, falando especificamente sobre a queda na produção de veículos no Brasil. Segundo ele, se o governo melhorar as condições financeiras da população, especialmente a mais pobre, haverá novos consumidores para a indústria.

“Veja, baixar os juros é uma briga nossa eterna nesse país. É uma briga eterna. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro para consumir, ele não vai consumir. O Japão tem juro zero, e a economia do Japão não cresce há quantos anos? O que é importante é a circulação de dinheiro”, declarou Lula.

As críticas de Lula ao presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, por conta da manutenção da Selic em nível elevado, vivem um período de pausa, após fortes acusações, que mexeram com a percepção do mercado financeiro, na época.

Atualmente, a Taxa Selic está em 10,5%. O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu pela continuidade da taxa nesse patamar, devido a preocupações com a inflação brasileira.

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Lula isenta medalhistas olímpicos de pagar IR; entenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (8), uma MP (Medida Provisória) que isenta os prêmios concedidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) aos atletas e paratletas olímpicos do IR (Imposto de Renda)

Assim, os medalhistas dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 não terão mais os prêmios reduzidos em 27,5% conforme a tabela progressiva de 2024.

A medida abrange exclusivamente os prêmios pagos pelo COB e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) neste ano. 

No entanto, prêmios oferecidos por confederações, federações, patrocinadores ou clubes continuam sujeitos à tributação de até 27,5%.

Vale destacar que medalhas, troféus e insígnias recebidos no exterior já estavam isentos de impostos federais, mas os prêmios em dinheiro ainda são tributados normalmente.