O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o mercado nesta quinta-feira (12), durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto. No café da manhã com a imprensa, Lula disse que o mercado “não tem coração, sensibilidade e humanismo” e que construiu uma narrativa de que “qualquer dinheiro que não seja para pagar juros é gasto”.
“Às vezes fico muito irritado. Peço desculpas, porque o mercado não tem coração, não tem humanismo. O governo precisa cuidar das pessoas mais necessitadas e pronto”, afirmou Lula à jornalistas.
O presidente tem reafirmado que é preciso distinguir despesas públicas com investimentos em programas sociais, como o Bolsa Família, e em áreas como saúde e educação, de outros gastos do governo.
“Qualquer dinheiro que vai para saúde, educação, aumento de salário é gasto. Qualquer coisa que não seja pagamento de juro é gasto. Eles não falam que o governo não pode pagar tanta taxa de juros. Temos que tratar como investimento, dinheiro para Bolsa Família é investimento”, disse o presidente em encontro.
Notícias Relacionadas
Meta fiscal
Haddad: redação do pacote fiscal será fechada na próxima segunda
Haddad garantiu que até segunda-feira haverá o horário e data do anúncio definidos para o anuncio do ajuste fiscal
Contenção de gastos
Rui Costa: pacote fiscal deve ser concluído esta semana
Segundo Rui Costa, Lula já estabeleceu que os investimentos nas áreas de saúde e educação não serão reduzidos
Lula deve apresentar novo Bolsa Família em fevereiro, diz Dias
O governo pretende apresentar um novo Bolsa Família a partir de fevereiro, de acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI). Após reunião com Lula, o ministro afirmou que o presidente enfatizou a importância de tirar o Brasil do mapa da fome, da insegurança alimentar e nutricional.
O político ainda revelou que vai acelerar medidas, como a atualização do Cadastro Único, inclusão de famílias que estão fora do programa e o pagamento dos R$ 150 adicionais a partir de março, no próximo mês.
“O novo Bolsa Família tem o pagamento focado na família. São cerca de 10 milhões de famílias que vão passar pelo crivo desta atualização, que tem indícios de irregularidades”, explicou o ministro do governo Lula.
