Alexandre Padilha (PT-SP), o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, afirmou nesta quarta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que todos os ministros devem cumprir as regras do arcabouço fiscal.
“Essa regra fiscal está valendo, o presidente Lula vai cumprir essa regra e determinou a todos os ministros: ‘Tem que cumprir'”, disse Padilha em entrevista ao EBC.
A situação fiscal encontrada ao assumir o governo está, segundo Padilha, uma “verdadeira bomba fiscal”.
O ministro criticou a gestão anterior por gastar recursos acima das capacidades do Brasil e reduzir a receita dos estados e municípios antes das eleições. “Fomos desmontando, aos poucos, essa bomba”, afirmou.
“Além de desmontar essa bomba, a gente precisava criar, para o Brasil e para o mundo, uma nova regra. Dizer o seguinte: ‘Olha, o jogo agora vai ser assim’. Para todo mundo saber as regras”, disse Padilha.
O político ainda destacou que o Brasil se tornou o segundo país do mundo que mais atraiu investimentos externos, por conta da aprovação do arcabouço fiscal no ano passado.
“Para se ter uma ideia, os fundos investiram mais de US$ 3,4 bilhões nas empresas brasileiras, o maior investimento desde 2014, ou seja, quase 10 anos depois. Isso mostra a confiança no rumo da economia”, concluiu.
Lula: “não abrirei mão da responsabilidade fiscal”
Em pronunciamento à nação através da rádio e TV no domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um balanço do seu governo até então e reforçou o compromisso com o fiscal. Lula também mencionou a aprovação da reforma tributária e os benefícios à população.
“Estou mais otimista do que nunca. Queremos um Brasil que cresça para todas as famílias brasileiras. Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”, disse.
A fala de compromisso em relação à responsabilidade fiscal acontece poucos dias após o anúncio de congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, para o cumprimento do arcabouço fiscal. Mais detalhes sobre a contenção estarão disponíveis na terça-feira (30).