O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que ainda terá que se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para que ambos cheguem a um acordo sobre o nome do novo presidente do BC (Banco Central), ao passo que o mercado avalia se a mudança poderá influenciar a política monetária do país.
Em resposta a jornalistas nesta segunda-feira (22), Lula disse que espera escolher um candidato que seja tecnicamente competente, além de honesto e sério.
O indicado deve demonstrar autonomia tanto em termos de comportamento quanto de respeito, disse Lula. O presidente também reiterou suas preocupações com o crescimento da economia.
“Estamos trabalhando para reduzir a taxa de juros, que o grande impeditivo do crescimento mais vigoroso do Brasil é a taxa de juros mais cara do mundo”, disse Lula, de acordo com o “Valor”.
“Daí a relevância da nossa seriedade na questão fiscal, mas a relevância de o Banco Central pensar um pouco nesse país e não só na sua função dentro do Banco Central”, comentou.
Lula ressalta reponsabilidade com inflação
Para o mandatário, é importante ajudar a economia a crescer e redistribuir a riqueza, além de controlar a inflação.
“A minha responsabilidade com inflação é maior que a de qualquer cidadão que você pode imaginar no mundo”, disse Lula.
Considerando a incerteza que ainda ronda a política monetária no Brasil, os investidores seguem precificando um aumento da Selic (taxa básica de juros) em 2024, observando que o mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, acabará no fim do ano.
Além de escolher um nome novo para o cargo de Campos Neto, indicará mais 2 diretores para o BC, sendo assim, o Copom (Comitê de Política Monetária) passará a ter maioria de membros indicados pelo presidente da República.