Seguindo a pauta que mais tem impactado o governo atualmente, na tentativa de criar medidas que reduzam o preço dos alimentos, uma nova leva de programas de crédito deve ser anunciada na semana que vem, de acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em contrapartida, o BC (Banco Central) está pondo em prática uma política monetária mais apertada, com a Selic (taxa básica juros) a 13,25% ao ano, tem causado efeitos no arrocho no crédito, visando desacelerar a economia e conter a inflação.
“A partir da semana que vem, a gente vai começar a anunciar alguns programas [de crédito]. Porque eu quero mais crédito para o povo. A minha tese é a seguinte: muito dinheiro na mão de poucos significa miséria na vida de muitos. Agora, pouco dinheiro na mão de muitos significa melhorar a vida de todo o povo brasileiro”, disse Lula em discursos em evento na Bahia, nesta sexta-feira (7).
O presidente afirmou que “quando o dinheiro começa a circular na mão das pessoas, ninguém aqui vai comprar dólar, ninguém vai depositar no exterior”.
“Vocês vão comprar comida, vão comprar roupa, vão comprar material escolar. E vocês vão melhorar a vida da cidade de vocês”, completou Lula, segundo o “Valor”.
O petista esteve, nesta sexta, em Paramirim (BA), na segunda escala da retomada de suas viagens pelo país. Na ocasião, fez anúncios relativos ao programa Água Para Todos e obras de segurança hídrica para a região.
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Lula afirmou, durante entrevista às rádios “Metrópole” e “Sociedade”, em visita à Bahia, que é necessário implementar “um processo educacional” com o povo brasileiro, com o objetivo de que a população não seja extorquida.
Seguindo essa linha, o varejista – ou a “pessoa” – percebe que a massa salarial e os salários estão crescendo e, por isso, aumenta os preços.
“Se todo mundo tiver consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, disse o presidente.
Além disso, Lula defendeu o aumento de produção pelo agronegócio brasileiro, para que o preço da comida seja reduzido e negou qualquer possibilidade de congelamento de preços para evitar novos aumentos nos alimentos.
