O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agendaram um encontro para esta sexta-feira (9) no Palácio da Alvorada. A reunião tem como objetivo abordar a relação entre o Planalto e o líder do Centrão, que enfrenta desafios sem precedentes desde a posse de Lula.
Lira expressou seu descontentamento com o ministro Alexandre Padilha (PT), responsável pela articulação política, alegando descumprimento de compromissos relacionados à liberação de emendas parlamentares. Adicionalmente, há insatisfação de Lira em relação à ministra Nísia Trindade, da Saúde, também relacionada a questões de emendas.
Recentemente, Padilha e Lira estiveram juntos no Palácio da Alvorada com Lula. Segundo um intermediário do presidente, Lula buscou esclarecimentos de ambos sobre os assuntos que têm gerado tensão com Lira.
Outro ponto de atrito entre o presidente da Câmara e o governo diz respeito ao Programa Emergencial do Setor de Eventos (Perse), criado em 2021 para auxiliar um setor severamente afetado pela pandemia. O programa foi extinto na Medida Provisória da reoneração, apresentada pelo governo no final do ano passado ao Congresso.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou publicamente que o governo não tem capacidade para sustentar o programa com desembolsos anuais de R$ 17 bilhões até 2026, destacando que a estimativa inicial de gastos era de R$ 4 bilhões.
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A afirmação foi feita nesta quinta-feira (8), em entrevista à Rádio Itatiaia, enquanto Lula viaja a Minas Gerais. De acordo com a Agência Estado, o presidente também disse que o compromisso do seu governo é, a cada ano, atualizar a faixa de isenção do tributo até chegar ao patamar prometido durante a campanha eleitoral de 2022.
“Nós vamos ter que fazer. Fiz uma medida provisória garantindo que quem ganha até dois salários mínimos não pague Imposto de Renda. Vamos, a cada ano, fazer [atualizações] até chegar a R$ 5 mil”, disse Lula.
