O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), concluída em junho de 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e a pressão para uma participação mínima do Estado
O presidente classificou a privatização da companhia como um “crime de lesa-pátria”, em discurso durante a reunião extraordinária do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), nesta segunda-feira (26).
“Eu sonhei que a Eletrobras seria uma coisa tão importante quanto a Petrobras neste país. É com muita tristeza que eu volto à Presidência da República e encontro a Eletrobras privatizada”, afirmou Lula.
“Na verdade, não a privatizaram. Cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude”, prosseguiu o presidente.
“Esse negócio de destruir tudo o que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom. Eu não quero um Estado máximo nem um Estado mínimo”, completou o petista.
Lula: inflação está controlada e a economia está crescendo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou o trabalho de seu governo, afirmando que a “inflação está controlada, a economia está crescendo e o Brasil voltou a fazer parte da geopolítica mundial”.
Lula esteve com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, nesta sexta-feira (23), na inauguração de uma fábrica na unidade farmacêutica EMS para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.
O presidente citou a obra como uma oportunidade de “cuidar das pessoas” e um exemplo para promover a “reindustrialização” do país.
“O Brasil não tem noção da tecnologia e da qualidade da sua produção. Acho que até as pessoas aqui da cidade não sabem a tecnologia de ponta empregada aqui”, disse Lula.
“O poder de compra do Estado é um fator muito importante no desenvolvimento da indústria nacional”, finalizou o presidente, mencionando o Sistema Único de Saúde (SUS) como grande “comprador”.