Lula defende expansão do BRICS com critérios

Lula afirmou que o BRICS não deve ser um “clube fechado"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (22) que o BRICS não deve ser um “clube fechado” e pediu novos países membros, desde que com regras claras. Atualmente, o bloco é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em sua live semanal “Conversa com o Presidente”, transmitida pelo YouTube e pelas redes sociais, Lula argumentou que o grupo tem demonstrado sua importância política e econômica para o mundo.

“Os BRICS começam a se colocar como uma coisa muito importante no planeta. As pessoas começam a perceber que os BRICS não são pouca coisa. A junção de África do Sul, Brasil, Índia e China são metade da população mundial. São economias grandes que estão crescendo e podem crescer muito mais e que querem criar instituições democráticas”, disse.

De acordo com o petista, todos os membros do BRICS concordam com o ingresso de novos membros, embora defenda que sejam estabelecidos alguns critérios a fim de preservar o bloco.

“Os BRICS não podem ser um clube fechado. O G7 é um clube fechado. Mesmo quando o Brasil chegou à sexta economia do mundo, ainda era convidado, e não participante. O G7 é o clube dos ricos, em que a Rússia entrava por causa das armas nucleares que tinha, não pelo dinheiro. Nós não queremos isso. Queremos criar uma instituição multilateral e que possamos ter algo diferente”, pontuou.

“Para possibilitar a entrada de novos países, a gente tem que limitar certa coisa que todo mundo concorde. Se não tiver um grau de compromisso dos países que entram nos BRICS, vira uma torre de babel. Estamos construindo isso. Penso que deste encontro deve sair uma coisa muito importante sobre a entrada de novos países”, acrescentou Lula.

Novo PAC pode interessar investidores de países do Brics, diz Lula

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (22), em discurso durante Fórum Empresarial do Brics na África do Sul, que o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado no início do mês pelo governo, pode interessar investidores dos países do bloco.

“Apresentei há duas semanas o PAC. Trata-se de um programa amplo com muitas oportunidades que podem interessar aos investidores dos países dos Brics”, disse Lula.

Além disso, o petista também afirmou que o dinamismo da economia global está atualmente no sul do planeta, e que os Brics são sua força motriz. O grupo é atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Anteriormente, durante a cerimônia de anúncio do PAC III, ocorrida no início de agosto, Lula já havia dito que ele e seus ministros deveriam “viajar o mundo” com o objetivo de atrair investimentos para o financiamento de todos os projetos incluídos no programa.

O Novo PAC terá investimentos de R$ 1,7 trilhão, considerando recursos da União, de estatais e do setor privado, com previsão de aplicação de mais de R$ 1,3 trilhão até 2026.